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Pensado para os EUA, Mercedes Classe A mexicano pode custar menos no Brasil

Hoje, só Rastatt (Alemanha) faz o Classe A; produção no México reduziria encargos - Divulgação
Hoje, só Rastatt (Alemanha) faz o Classe A; produção no México reduziria encargos Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo (SP)

23/01/2015 13h32Atualizada em 23/01/2015 15h21

Planos revelados recentemente pela Mercedes-Benz para os Estados Unidos podem, de fato, beneficiar o mercado brasileiro. A imprensa norte-americana aponta que a marca alemã quer vender um modelo compacto de tração dianteira, que seria fabricado no México. A vaga parece feita sob medida para o Classe A, que ainda não é comercializado por lá. 

Além de abastecer ao mercado norte-americano, um futuro Classe A feito na fábrica da marca em Aguascalientes poderia muito bem ser vendido no Brasil dentro dos termos do acordo bilateral, sem o pagamento da sobretaxa de 30 pontos percentuais que incidem sobre modelos importados de outros locais. Essa estratégia, não confirmada pela montadora, é crucial para aumentar a competitividade frente às rivais.

Atualmente, a Audi cobra R$ 95 mil no hatch A3 de entrada, de porte semelhante -- há ainda o compacto A1, de R$ 80 mil. A BMW entrega seu modelo mais barato (o 116i) por cerca de R$ 105 mil -- mas vai começar a fabricar o Série 1 no Brasil este ano; Por sua vez, o Mercedes Classe A chega ao Brasil importado de Rastatt (Alemanha) por quase R$ 114 mil iniciais.

De toda forma, o plano de produção para o México não é imediato e pode ser iniciado apenas para a reestilização ou mesmo para uma nova geração do Classe A. Como o modelo atual foi lançado mundialmente em 2012, esperam-se alterações de meia-vida para 2016. Até lá, a fábrica brasileira da Mercedes-Benz já estará inaugurada e produzindo o SUV GLA (derivado da mesma plataforma do Classe A) e o sedã de luxo Classe C.

NOVO PATAMAR
Steve Cannon, presidente-executivo da Mercedes americana, teria afirmado à agência "Automotive News" que há espaço para um carro de tração dianteira "menor que qualquer Mercedes que exista aqui [nos EUA] atualmente". O modelo mexicano permitiria um patamar mais baixo de preços, mas também de consumo de combustível e emissão de poluentes ao mercado norte-americano (que impõe média de 16 km/l de gasolina, ou 38,5 mpg, até 2016 para cada fabricante) .

Atualmente, o menor carro da Mercedes vendido nos EUA é o monovolume Classe B, mas apenas na versão elétrica de US$ 41.450 (R$108 mil, limpos). Entre carros com motor a combustão, o menor é o sedã CLA, de US$ 31.500 (cerca de R$ 81 mil).