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Venda de combustíveis subiu 5% em 2014, diz sindicato

Demanda por combustível é indicador econômico, especialmente no caso do diesel - Alessandro Shinoda/Folhapress
Demanda por combustível é indicador econômico, especialmente no caso do diesel Imagem: Alessandro Shinoda/Folhapress

Alana Gandra

Da Agência Brasil

26/12/2014 17h04

As vendas das distribuidoras de combustíveis cresceram no Brasil em 2014. Entretanto, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Alisio Vaz, informou que as indefinições na economia tornam o cenário nacional para 2015 uma incógnita para o setor.

As empresas associadas ao Sindicom totalizaram 105 bilhões de litros comercializados este ano (gasolina, etanol e diesel), representando expansão de 6,1% em relação a 2013. "O mercado como um todo cresceu aproximadamente 5%", salientou Vaz.

Segundo ele, relativamente ao volume de vendas, 2014 foi um ano surpreendente, apesar da baixa atividade econômica nacional. A gasolina foi o produto que mais se destacou, com expansão de 7,7% nas vendas. No período, as empresas filiadas ao Sindicom comercializaram 33 bilhões de litros de gasolina, "mostrando o efeito do crescimento da frota de automóveis [em torno de 3%] e da manutenção  do poder de compra das famílias".

Em relação ao etanol hidratado, Vaz informou que, graças à atuação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os problemas resultantes da subnotificação do volume de vendas por algumas empresas já foi resolvido.
 
O desempenho do etanol hidratado em 2014 foi impulsionado pela desoneração, em 2013, do Programa de Integração Social (PIS)  e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Confins), tornando a concorrência equilibrada. Com isso, as vendas subiram 11,1%, somando 7,9 bilhões de litros.

Alisio Vaz disse, porém, que, se forem computados os números efetivos de produção, o crescimento fica entre 2% e 2,5%.

"Em consequência, o combustível que se destacou foi a gasolina", reiterou Vaz. "É mais econômico para o consumidor em praticamente todos os Estados". Ele ressaltou que só vale a pena abastecer com etanol se o preço deste equivaler a, no máximo, 70% do da gasolina -- o que foi identificado em São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Paraná.

A volta da cobrança da Cide, contribuição tributária que atinge apenas a gasolina, pode fazer a balança pender para o etanol em 2015. No geral, o Sindicom avalia que "o consumo de gasolina tende a algum crescimento" no próximo ano, mas o diesel é uma incógnita -- o combustível é fortemente ligado à situação da economia do país (abastece caminhões, por exemplo). Em 2014, a procura por ele subiu 2,9% nas distribuidoras associadas, com vendas de 49,3 bilhões de litros.