Fórmula 1 mostra caminho para carro comum poupar combustível

Afinal, o que as corridas de Fórmula 1 e, especificamente, seus carros podem trazer de vantagens e conquistas para o motorista em ruas e estradas? Há controvérsias sobre isso, mas o regulamento atual da categoria máxima do automobilismo introduziu conceitos de eficiência energética e economia de combustível bastante severos, que podem perfeitamente migrar, com as devidas adaptações e redução dos altos custos, para os carros comuns.
UOL Carros já explicou o atual regulamento técnico da categoria, e frisou que ele foi inspirado nas soluções criadas pelas montadoras para os automóveis de produção. Isso mostra como a via é de mão dupla, na qual as duas pontas (engenharia de competições e de carros de rua) dialogam constantemente.
Existem, porém, pontos menos visíveis que merecem análise mais meticulosa. Em 2014, os monopostos da Mercedes-Benz não tiveram adversários à altura, e permitiram que os pilotos Lewis Hamilton, campeão da temporada, e Nico Rosberg passeassem como poucas vezes visto na categoria (foram 16 vitórias em 19 etapas, recorde absoluto de triunfos em um mesmo ano). Muito dessa superioridade se explica pelo motor, em particular.
+Hibridização: no campo de motores elétricos, baterias e sistema de controle, há uma importante integração de componentes a serem aplicados no sedã de topo S 500 híbrido, plugável em tomada.
+Simulação: avanços permitiram encurtar prazos de projetos. Substituiu-se o método tradicional de tentativa-e-erro por técnicas de simulações em programas de computador. Na Fórmula 1, até 5 mil componentes e 15 mil desenhos podem ser concluídos em apenas quatro meses. No caso, importa menos o que os engenheiros estão desenvolvendo e sim como estão fazendo.
+Aerodinâmica: as ferramentas utilizadas são semelhantes, como túnel de vento e dinâmica de fluidos computacional.
+Lubrificação: pacote complexo de aditivos para óleos sintéticos, que diminuem desgaste e atrito, poderá estar disponível para automóveis de grande desempenho da divisão AMG.
+Redução de atrito: novos revestimentos e tratamentos de superfície interna dos cilindros em blocos de motor de alumínio estão paulatinamente sendo transferidos para os modelos de produção de maior volume.
+Alívio de peso: esta é uma preocupação existente desde que as competições automobilísticas começaram, em 1894. Exemplo recente é a aplicação de compósitos em fibra de carbono, conhecidos por sua extrema leveza e resistência. Desde 2003, começaram a fluir para esportivos de ponta como o SLR McLaren, que estreou as estruturas de cabine e anticolisão frontal. Modelos atuais mais avançados e caros podem ter cerca de 80% de seus componentes estruturais feitos nesse material, para compensar em parte o peso das baterias.
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