Quem compra Onix perde menos dinheiro; prêmio inédito consagra o hatch

O Chevrolet Onix foi o grande vencedor do 1º Prêmio Maior Valor de Revenda, oferecido pela Agência AutoInforme. O modelo da General Motors apresentou depreciação de apenas 8,5% após um ano de uso.
Na prática, quem pagou cerca de R$ 45 mil por Onix zero-quilômetro (valor das versões mais completas) no trimestre final de 2013 pode tentar revendê-lo agora por R$ 41.175. Fiat Palio Fire, Volkswagen Golf, Toyota Corolla e Fiat Strada, entre outros, também tiveram bom desempenho.
Foram considerados os cem modelos/versões zero km mais vendidos no Brasil. Eles foram divididos em 15 categorias, de acordo com o tipo de utilização e/ou carroceria. Veja o resultado completo:
Para cada carro, comparou-se o preço real praticado pelo mercado (e não o de fábrica) em novembro de 2013 ao de novembro de 2014 -- exatamente um ano depois. A apuração dos valores foi feita pela empresa de pesquisa Molicar, que mantém tabela de preços automotiva. Em parceria com a AutoInforme, ela publica o relatório sobre depreciação há mais de dez anos.
Também foram avaliados os preços de carros das marcas Audi, Chery, Citroën, JAC, Jeep, Kia Motors, Land Rover, Lifan, Mercedes-Benz, Mini, Mitsubishi, Nissan, Peugeot e Suzuki. Nenhum deles venceu nas categorias propostas.
PRESERVAR SUA GRANA
O jornalista Joel Leite, diretor da AutoInforme e blogueiro do UOL, é o idealizador do prêmio. "A depreciação [do carro] depende de vários fatores: tamanho, marca, rede de revendedores, qualidade do pós-venda, segmento, origem -- se é importado ou nacional -- e aceitação dele pelo mercado”, analisa.
Segundo Joel, o objetivo do prêmio é "estimular montadoras e importadoras a valorizar seus próprios produtos e, por consequência, preservar o dinheiro dos consumidores finais".Para o diretor da Molicar, Vitor Meizikas Filho, cada segmento tem suas características quando o assunto é valor de revenda. "Nos modelos de entrada, minivans e monovolumes, a menor depreciação é reflexo do volume de vendas do zero. Se existe a preferência é porque a relação custo/beneficio é boa, diminuindo a depreciação".
Outro caso são os veículos comerciais, picapes e utilitários esportivos. "Aí o que contam são a robustez, qualidade e suporte da rede autorizada no pós-venda e assistência técnica", conclui Meizikas.
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