Cambistas revendem bilhetes do Salão dentro do Anhembi; veja preço oficial
Cerca de uma hora após a abertura do Salão de São Paulo ao público, nesta quinta-feira (30) às 14h, cambistas agiam à vontade no estacionamento do Anhembi e perto da entrada do pavilhão. A reportagem de UOL Carros foi abordada por três deles ainda dentro do carro, enquanto procurava uma vaga no estacionamento oficial do evento (já lotado, aliás, por volta de 15h).
Outros casos de ações de cambistas foram vistos em seguida. Questionada, a organização do evento disse que é possível comprar no máximo oito ingressos por CPF, e que a responsabilidade do entorno do pavilhão é da Polícia Civil, por meio da Deatur (Delegacia Especializada no Atendimento ao Turista). Pelo menos cinco cambistas teriam sido detidos por investigadores até o final desta tarde.
"VOCÊ É DOS MEUS"
Um dos cambistas que abordou a reportagem ofereceu ingresso, dizendo que era "de cortesia", por R$ 40. "É o mesmo preço da meia e o senhor não precisa pegar fila. Eu levo você até a entrada", ofereceu. Ainda no estacionamento, no caminho para o acesso ao Anhembi, outra vez a reportagem foi parada por um cambista, que pediu R$ 70. Ante a hesitação do possível comprador, ele disse: "Você é dos meus, faço por R$ 40".
Na verdade, trata-se do mesmo preço cobrado na bilheteria neste dia de abertura; nos demais dias de semana, o valor é R$ 60. Apenas nos sábados e domingos o valor chega a R$ 80.
Os preços oficiais dos bilhetes, tanto para venda online quanto na bilheteria do Anhembi, estão aqui.
Na caminhada rumo ao portão de entrada, vários cambistas abordavam os visitantes em voz alta, sem nem se darem ao trabalho de disfarçar. A reportagem viu pelo menos dois seguranças do Anhembi circulando sobre motos dentro do estacionamento e em frente ao pavilhão, sem interferir na ação dos cambistas.
Os cambistas também demonstraram interesse em comprar ingressos dos visitantes para futura revenda. A reportagem de UOL Carros viu um rapaz, que vestia camisa da seleção da Argentina, anunciando aos gritos, a cerca de 50 metros do portão de entrada, que comprava "cortesias". Depois, mesmo com o crachá de imprensa visível, foi abordada por outro homem. "Você tem cortesias? Só para os dias da semana ou de fim de semana também? Compro tudo".
A reportagem fingiu que colaboraria. O cambista, então, deu seu número de telefone: "Se quiser vender, liga a qualquer hora".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.