Citroën surpreende, lança motor turboflex e converte DS em marca
A Citroën foi uma das únicas marcas que conseguiu guardar segredo até o momento da revelação no estande do Salão de São Paulo, nesta terça-feira (28): a partir de novembro, todos os C4 Lounge (sedã médio que concorre com Honda Civic, Toyota Corolla, Chevrolet Cruze, Ford Focus etc.) com motor turbo poderão ser abastecidos também com etanol.
A marca estreia no evento, a bordo do showcar C4 Lounge Sport White, o motor THP flex, que, quando abastecido com etanol rende 173 cv de potência (com gasolina, 165 cv). A introdução do propulsor no mercado será feita pelas versões Tendance e Exclusive. O torque com o combustível vegetal não foi revelado (são 24,5 kgfm com gasolina, a apenas 1.400 rpm).
O THP bicombustível é o segundo motor turboflex lançado este ano -- o anterior, pioneiro na tecnologia, está no BMW Série 3 ActiveFlex.
A versão Sport White mostrada no Anhembi, na prática, serve apenas para chamar a atenção e tem chance reduzida de entrar em produção. As diferenças em relação à versão civil do C4 Lounge estão na pintura fosca, nas belas rodas de 19 polegadas, aerofólio, lanternas escurecidas e nos adesivos que imitam fibra de carbono.
Outro carro de destaque no estande da Citroën é a nova geração da C4 Picasso, que surgiu sob formato de conceito no Salão de Genebra de 2013 e foi mostrada oficialmente em sua versão de produção alguns meses depois, no Salão de Frankfurt.
Além do novo desenho, que carrega a nova identidade visual da empresa, a minivan faz uso de faróis e lanternas em LED que têm efeito 3D, de acordo com a marca. Teto panorâmico com cortina elétrica, tela panorâmica de 12 polegadas com visão 360º (são quatro câmeras ao redor do veículo) e assistência eletrônica para baliza são alguns dos equipamentos oferecidos. A chegada da C4 Picasso está prevista para 2015, mas ainda sem data exata. Os preços deverão ficar próximos aos do modelo atual, que parte de R$ 89.990.
Já a versão Cactus, que começou a ser vendida este ano na Europa, será mostrada para "degustação" do público. Assim como vários outros carros do salão, depende da aprovação do público para ser oficialmente importada. No entanto, serve também para ilustrar ao consumidor o design dos futuros carros da empresa.
A maior característica do Cactus são os airbumps, para-choques com bolhas de ar que protegem a carroceria em caso de colisões leves e reduzem o custo de manutenção nas batidas mais fortes.
Além desses dois, a Citroën ainda exibe no evento o C3 Hybrid Air (versão híbrida do compacto, que une um motor a combustão a um sistema de ar comprimido para melhoria no consumo de combustível e na emissão de poluentes), o C3 Parisian Vintage (configuração dedicada ao mundo da moda) e duas edições especiais do Aircross, chamadas de Lunar e Salomon (marca de roupas esportivas). Todos são protótipos e não devem ser vendidos.
Assim como na China, a linha DS se desprende da Citroën no Brasil e passa a ser considerada marca à parte. Por aqui, porém, as vendas e o licenciamento continuam a cargo da empresa-mãe (na China a DS se separou quase totalmente da Citroën e possui até concessionárias próprias, algo por enquanto inviável de acontecer no país).
A grande estrela da "nova" marca é o DS6, crossover um pouco mais potente que os demais modelos da linha DS e que pode ser até confundido com um SUV devido à carroceria um pouco mais elevada (como não tem opção de tração 4x4, não é possível chamá-lo de utilitário). Seu motor também é o 1.6 THP (apenas gasolina), mas preparado para render 202 cv e 27,5 kgfm de torque (a 4.500). O câmbio é automático de seis marchas.
Visualmente, o carro chama a atenção pelo visual elegante e pela semelhança com o conceito Wild Rubis, conhecido por UOL Carros no Salão de Xangai de 2013. Por dentro, chama a atenção o acabamento requintado e o conteúdo tecnológico. O DS6 possui teto solar panorâmico, sistema multimídia com tela tátil colorida no console e porta-malas com abertura elétrica por botão, entre outros.
A chegada do modelo ao Brasil é cogitada para 2015, mas o alto valor do dólar ainda faz a empresa hesitar. Caso seja confirmado para o país, executivos ligados à Citroën dizem que há chances de o DS6 ficar com boa parte da cota de importação permitida à marca. DS4 e DS5 perderiam vendas.
Outra importante novidade da empresa é a reestilização do DS3, lançada há duas semanas, que adota luzes de LED nos conjuntos frontal e traseiro -- na dianteira, a versão mais cara, equipada com o denominado conjunto Full LED, tem seta fluida, que percorre toda a peça.
Além dele, a versão Cabrio Racing, que estreia no evento, tem rodas de 19 polegadas, recursos para redução de peso (como algumas peças da carroceria em fibra de carbono), pintura fosca e detalhes alusivos à versão, na carroceria e no interior. O motor, assim como o do DS6, rende 202 cv e 27,5 kgfm.
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