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Novo Jeep Cherokee usa diesel na Europa e mantém gasolina para Brasil

Eugênio Augusto Brito

Do UOL, em São Paulo (SP)

04/02/2014 18h43

A Chrysler detalhou como será a configuração para a Europa da nova geração do SUV Jeep Cherokee -- aquele com visual de gavião (ou "de jeitão esquisito" para muitos), não o clássico e ainda quadrado Grand Cherokee, que acaba de estrear o face-lift no Brasil. A principal novidade para o mercado europeu será a necessária opção do motor turbodiesel, ignorado nos Estados Unidos.

A estreia por lá será feita no Salão de Genebra, em março. Na virada do semestre, o Cherokee chega ao Brasil, como UOL Carros adiantou.

NA EUROPA, É DIESEL
Como quem manda na Chrysler é a Fiat, é natural que o novo motor a diesel também seja desenvolvido pela FPT, a divisão de powertrain da marca italiana. O novo Multijet II Turbodiesel de 2 litros e quatro cilindros terá duas calibrações e tecnologia start/stop para redução de consumo e emissão de poluentes.

Na primeira, gera 172 cavalos de potência e 35,66 kgfm de torque em conjunto com câmbio automático de nove marchas da alemã ZF; com a outra, entrega 142 cv e o mesmo torque, com gerenciamento de câmbio manual de seis marchas.

Configurações mais caras serão equipadas com os já conhecidos motores a gasolina: Tigershark de 2,4 litros, tecnlogia Multiair da Fiat e 185 cv; e Pentastar V6 de 3,2 litros e 270 cavalos.

O estilo mais urbano do novo Cherokee é feito para encarar competidores que surgiram e dominaram o circuito nos últimos anos -- o mais incônico é, claro, o Range Rover Evoque, mas a lista também tem o alemão Audi Q3 e incluirá em breve o Porsche Macan. Com isso, fica óbvia a adoção de uma versão com tração 4x2. Ainda assim, o DNA lameiro da marca Jeep é mantido com três catálogos de tração 4x4: Active Drive I (automático), Active Drive II (com reduzida e controle da oferta de torque) e Active Drive III (completa o anterior com bloqueio do diferencial traseiro).

Entre os itens de segurança, o Cherokee europeu tem de série sete airbags, ABS (antitravamento das rodas) com variáveis on e off-road, ESC (controle de estabilidade) e ERM (anti-capotamento). Há ainda opcionais que estão se tornando padrão na Europa, a ponto de serem cobrados pelo Euro NCAP, como o sistema que alerta ou evita batidas frontais, além de assistente de estacionamento, controle de cruzeiro adaptativo, alerta de troca involuntária de faixa e de veículos ou pessoas no ponto cego e na traseira do SUV.

A cabine ainda será pontuada por itens de tecnologia e conforto, a exemplo do Grand Cherokee, como o novo volante mulltifuncional com miolo estilo pomo (abandonando o tradicional aro quase vertical), painel de instrumentos com tela digital ao centro e central multimídia UConnect com tela sensível ao toque de sete polegadas. Os preços europeus ainda não estão definidos.

  • Carta Z

    Jeitão de tanque de guerra da atual geração dará espaço ao visual de gavião

NO BRASIL, TRADIÇÃO 4x4
UOL Carros apurou que os pacotes brasileiros do novo Cherokee devem seguir a base atual, o que significa que deveremos seguir com apenas uma opção de motor a gasolina, muito certamente o Pentastar V6 já homologado para o país, e tração 4x4 integral com reduzida e controle da oferta de torque (Active Drive II ou II).

Os itens básicos de segurança deverão ser incluídos, assim como os de conforto na cabine, mas dificilmente veremos os equipamentos de assistência à direção (controles anti-colisão e de estacionamento).

O Cherokee "quadrado" ainda é vendido por aqui nos pacotes Sport e Limited, respectivamente o mais básico e o mais caro da gama global, com valores que vão de R$ 103 mil a R$ 115 mil. O novo Cherokee americano inclui ainda os intermediários Latitude (chamada de Longitude na Europa) e Trailhawk, em um catálogo que vai de US$ 23 mil a US$ 28 mil (entre R$ 55.300 a R$ 67.400 no câmbio do começo de fevereiro).

Os preços para o Brasil ainda serão definidos, mas fontes apontaram um patamar alto, beirando os R$ 160 mil, algo exagerado em nosso opinião, apesar do acréscimo de tecnologia e conforto -- é possível que haja redução até o anúncio oficial. Também é importante lembrar que o novo Cherokee pode entrar na lista de modelo nacionalizado no futuro, com a retomada do projeto de fabricação local de modelos da Chrysler.