Mercedes A 45 AMG é porta de entrada para mundo dos esportivos
O A 45 AMG é um quebrador de recordes. Se você leu a reportagem sobre o CLA 45 AMG, já deve saber que ele é o primeiro modelo Mercedes-AMG que usa motor 4-cilindros (especificamente, um 2.0 turbo de 360 cv e 45,9 kgfm de torque); ou seja, é o carro assinado pela grife esportiva da marca alemã com menor motor de todos os tempos. E também é o carro com motor 2 litros mais forte e rápido do mundo.
A versão apimentada chega nos próximos meses à Europa, junto com o CLA AMG, e desembarca no Brasil entre novembro e dezembro deste ano. Seus concorrentes diretos são Audi RS3 (ainda não confirmado em sua nova geração) e BMW M135i.
A partir do final deste ano, portanto, a função do A 45 será atrair clientes para uma primeira experiência no mundo dos carros esportivos da AMG -- assim como o Classe A "civil" virou o chamariz da Mercedes para o "planeta premium". Segundo fontes ligadas à empresa, seu preço deverá ficar próximo de US$ 130 mil, ou um pouco acima de R$ 260 mil (os carros AMG são cotados em dólar mesmo no Brasil).
BOMBADO, MAS REFINADO
Visualmente o A 45 AMG é um Classe A bombado. As saias laterais, rodas maiores e para-choques esportivos reforçam essa sensação. Faróis e lanternas são recheados de LEDs. Assim como no CLA, as combinações de cores externas, rodas e acabamento são múltiplas.
Por dentro, o A 45 AMG une luxo, espaço e esportividade, exatamente como faz o CLA (o painel é idêntico nos dois carros). Para agradar aos passageiros dos bancos traseiros (o entre-eixos de 2,70 m é o mesmo do modelo de três-volumes), o porta-malas do hatch foi levemente sacrificado: leva até 341 litros de bagagem (o sedã consegue suportar até 470 litros). De resto, ele é como o CLA.
O carrinho é um demônio: engole retas e curvas como gente grande; motor e câmbio instigam
AULA DE CURVAS
O A 45 AMG parece ter sido treinado pelos ancestrais alemães mais sábios na arte de acelerar e fazer curva. O carrinho é um demônio e engole retas e trechos sinuosos como gente grande. O estalo da dupla saída de escapamento a cada troca de marcha instiga ainda mais o motorista a pisar fundo no acelerador. O motor dá ânimo a tudo isso, mas o câmbio é o principal motivador.
A suspensão repete o que foi dito no caso do CLA: é dura, mas fica mais macia quando a condução é mais calma. E vai sofrer no Brasil.
E vem a questão: vale a pena gastar mais de R$ 250 mil num hatch compacto? Depende do ponto de vista. Com esse valor, é possível levar para casa modelos esportivos, maiores e tão rápidos quanto o A AMG. Mas aí a proposta muda e o assunto é outro.
Se olharmos diretamente para seus rivais, encontramos os preços de R$ 293 mil (Audi RS3) e R$ 199.950 (BMW M135i). O Audi (340 cv/45,8 kgfm) é exageradamente caro, um pouco mais fraco e está correndo risco de sumir das lojas, já que sua nova geração deve surgir em breve. O BMW (320 cv/45,9 kgfm) é bem mais "barato" e oferece tração traseira como diferencial (os outros dois têm tração integral), mas pesam contra seus 40 cv a menos em comparação com o Mercedes. E nesse segmento qualquer cavalinho a mais pode ser um importante fator na hora da compra. Vai escolher?
Viagem a convite da Mercedes-Benz
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