Dilma cobra GM e diz que corte no IPI foi para 'manter empregos'
A presidente Dilma Rousseff cobrou nesta sexta-feira (27) dos empresários contrapartida, como a garantia de empregos, em resposta à decisão do governo de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os automóveis e a desoneração do tributo para os eletrodomésticos da linha branca e móveis. Dilma disse ainda que o governo faz estudos para promover mais uma série de desonerações. Mas não detalhou informações sobre esse levantamento.
"Damos incentivos fiscais e financeiros e queremos retorno", destacou Dilma, antes de almoçar com atletas brasileiros que disputam os Jogos Olímpicos, em Londres (Reino Unido). “Não [queremos retorno] para nós, mas para o país inteiro, que é a manutenção do emprego. Damos incentivo para garantir emprego. Eles têm de saber que é por esse único motivo”, ressaltou a presidente.
A cobrança de Dilma ocorre no momento em que o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) pede a interferência do governo para evitar demissões na montadora General Motors (GM), que está encerrando a produção de alguns modelos naquela unidade (como o Corsa).
No final de maio, o governo federal reduziu o IPI para os carros, zerando-o para os de motor 1.0, até 31 de agosto. Mas condicionou a medida à manutenção do nível de empregos no setor. Porém, na semana passada, a GM anunciou o plano de demissões na montadora em São José. A direção da montadora foi chamada a dar explicações no Ministério da Fazenda.
De acordo com a GM, o compromisso era com a manutenção do nível de emprego e que isso vem ocorrendo em São Caetano, em Gravataí (RS), e para a futura fábrica de motores de Joinville (SC). Também informou ter contratado cerca de 2.000 pessoas, no ano passado.
A presidente viajou há três dias para Londres acompanhada por diversos ministros, e volta neste sábado (28) ao Brasil.
Com Redação
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