Preço da bateria de carro elétrico pode cair mais de 70% até 2025

O custo de uma bateria de íon de lítio utilizada em veículos elétricos pode cair até mais de 70% até 2025 -- isso enquanto a alta do preço do petróleo e os padrões rigorosos de economia de combustível incentivarem as montadoras a fabricarem carros com esse tipo de tecnologia. A afirmação vem de um estudo divulgado nesta quarta-feira (11) pela McKinsey, empresa norte-americana e líder mundial em pesquisa de mercado.
"A fabricação dessas baterias em uma escala maior representa um terço da potencial redução de preço até 2025", diz a empresa. "A entrada de novas companhias no setor e a tecnologia herdada de fabricantes de produtos eletrônicos, como a Apple, também podem ajudar a reduzir o custo das baterias". Ainda segundo a empresa, "baterias mais baratas podem significar um volume maior de veículos elétricos, o que afetará os setores de transporte, energia e petróleo".
Os preços divulgados pela McKinsey são os seguintes: um conjunto completo de bateria de íon de lítio custa hoje em dia de US$ 500 a US$ 600 por kilowatt/hora. De acordo com o estudo, o maior volume de produção fariam esses conjuntos de bateria caírem para US$ 200 por kilowatt/hora em 2020 e US$ 160 até 2025 (importante: o Departamento de Energia dos Estados Unidos estabeleceu a meta de reduzir o custo do pacote de bateria para US$ 300 por kilowatt/hora até 2014).
VAI VALER A PENA
"Se o preço da gasolina continuar do jeito que está (em torno de US$ 3,50 por galão de 3,8 litros, ou até acima disso em alguns casos), as montadoras que comprarem baterias por US$ 250 por kilowatt/hora poderão oferecer veículos elétricos que conseguirão competir com carros e caminhões que usam motores a combustão interna modernos, que hoje em dia já são significativamente mais baratos", reitera a empresa.
Um exemplo: o conjunto de bateria de 23 kilowatt/hora usado no Focus Electric, primeiro carro elétrico da Ford, custa entre US$ 12 mil e US$ 15 mil, segundo o presidente-executivo da montadora, Alan Mulally. Isso sugere que a Ford paga US$ 652 por kilowatt/hora. Em 2025, se as informações da pesquisa da McKinsey se confirmarem, a fabricante americana pagará cerca de US$ 3.700 pelo conjunto de bateria do Focus, o que viabilizaria totalmente a comercialização do carro em massa.
O estudo também diz que, conforme a indústria de bens eletrônicos continuarem avançando no aumento da carga e da potência das baterias, maior ainda será o custo-benefício de um conjunto de íons de lítio, o que ajudaria ainda mais na produção de um automóvel elétrico. "Tudo está envolvido e a produção em larga escala dessa tecnologia junto com aprimoramentos das fábricas de eletrônicos só tendem a melhorar os preços", afirma John Newman, autor da pesquisa (as baterias no setor de eletrônicos são vendidas atualmente por cerca de US$ 300 o kilowatt/hora). Ou seja, com o aprimoramento e produção em larga escala da bateria, quem sabe em 2030 os elétricos não estejam dominando nossas ruas.
Com Redação
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