Como é o Chevrolet Trax, anti-Eco e anti-Duster, visto de muito perto
O Chevrolet Trax, mini-SUV da General Motors anunciado na 1ª quinzena de maio e com estreia mundial marcada para o Salão de Paris, em setembro, está na reta final da corrida para as lojas -- inclusive as do Brasil, onde protótipos do jipinho já foram flagrados sob forte camuflagem.
O mini-SUV, que no Brasil enfrentaria rivais como Renault Duster e o novo Ford EcoSport, passa agora por testes de aerodinâmica no túnel de vento da GM, localizado em Warren, cidade vizinha a Detroit, nos Estados Unidos. Importante para determinar a resistência do carro ao ar, cálculo que influencia (entre outras coisas) no consumo de combustível, o teste é um dos estágios finais antes da produção em série.
UOL Carros chegou muito perto do Trax -- que pode ser batizado como Enjoy no Brasil -- durante uma visita guiada ao túnel, nesta sexta-feira (1). Lá dentro, o exemplar estava sendo submetido a correntes de ar (que podem chegar a 220 km/hora) pouco antes de os jornalistas chegarem.
A turbina de 13 metros de diâmetro foi desligada, mas o mini-SUV permaneceu estacionado numa das extremidades do túnel -- um local que parece cenário de filme de ficção, daqueles que têm um cientista louco vivendo dentro de uma montanha.
A primeira coisa que salta aos olhos é que descrever o Trax como um mini-Captiva não é exatamente correto. Entre outras coisas, porque a dianteira do novo modelo é muito mais agressiva. Não apenas pela enorme grade dianteira seccionada, mas também por ser mais alta. O capô abaulado, semelhante ao do Sonic, e uma segunda tomada de ar na parte inferior do parachoque ajudam a deixar o Trax mais robusto.
Na lateral, chamam a atenção as caixas de rodas com desenho quase retilíneo e fortemente ressaltado. Lembram muito as do Cobalt, um dos irmãos de plataforma do novo SUV (assim como o próprio Sonic). As rodas de cinco raios estavam calçadas por pneus altos, de medida 205/70. Por tudo isso o Trax parece muito maior do que é -- mas não passa de 4,3 metros de comprimento.
A traseira do Trax, que é mais genérica e não desperta grande interesse, parece um pouco mais com o Captiva -- mas não o suficiente para justificar o apelido.
As partes inferiores da carroceria eram de plástico escuro, criando um "efeito cross" -- mas na verdade servem para baratear o produto. Outros indícios de que o novo modelo terá uma versão radicalmente de entrada são o painel de instrumentos de pequeno porte e, principalmente, o uso de freios a tambor nas rodas traseiras.
No túnel de vento, Chevrolet Trax estava posicionado na extremidade oposta a essa hélice de
13 metros de diâmetro; por determinação da GM, porém, não foi possível fotografar o novo SUV
A GM do Brasil não quis falar sobre o Trax, cuja data estimada de lançamento no Brasil é o segundo semestre de 2013 (o México será um dos locais de produção). O engenheiro que acompanhava a visita ao túnel observou que se tratava de um modelo para outros mercados, não para os EUA.
Aqui eles já têm o Buick Encore, que a rigor é o mesmo carro com mais refinamento (a Buick é a marca quase-premium da GM) e outro emblema.
A assessoria da GM não permitiu o uso de celulares e câmeras na visita ao túnel de vento. Mas os leitores podem acreditar: a briga entre Trax/Enjoy, EcoSport e Duster vai ser muito quente.
Viagem a convite da GM do Brasil
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