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Chevrolet Cruze amplia família com a 'irmã' perua; vinda ao Brasil é incerta

Chevrolet Cruze SW surge como boa pedida para a Europa, onde perua vende bem - Newspress
Chevrolet Cruze SW surge como boa pedida para a Europa, onde perua vende bem Imagem: Newspress

Rodrigo Lara

Do UOL, em Genebra (Suíça)

06/03/2012 17h55

As station wagons, popularmente conhecidas no Brasil como peruas, estão para a Europa assim como os carros ditos aventureiros estão para o nosso país. No Salão de Genebra, aberto à imprensa nesta terça-feira (6), a versão perua do Hyundai i30 teve uma rival à altura: a Chevrolet Cruze SW. Principal destaque do estande da marca, ela chega para completar a gama do modelo que ajudou a tirar a Chevrolet (e sua controladora, a General Motors) do buraco cavado pela crise de 2008. Lançado em 2009, o Cruze já vendeu mais de 1 milhão de unidades em todo o mundo.

A Cruze SW, cuja apresentação mundial ocorreu nesta terça no evento suíço, claramente é um carro voltado para a Europa. Não há pistas sobre a sua venda no mercado brasileiro. Perguntados, executivos da GM soltaram um despistante "Não há planos ainda para isso". A verdade é que o segmento das peruas foi enforcado no Brasil com a febre pelas minivans. Como essas começam a perder terreno no país, o ressurgimento das peruas não é algo que se possa descartar de imediato.

Afinal, o que é a Cruze SW? A resposta é a mais óbvia possível: pegue um Cruze sedã até o final das portas de trás e acrescente a traseira típica das SW. Há poucas alterações em relação ao carro que conhecemos, sendo as mais notáveis no nicho que abriga as luzes de neblina (de formato estranho, que não conversa com o conjunto óptico) e nos faróis dianteiros, ligeiramente mais esticados para a traseira. São pistas de um possível facelift do sedã e do hatch.

O espaço interior, assim como no sedã, acomoda bem os ocupantes. Também idêntico ao do sedã, a perua traz como destaque o sistema My Link, que permite conectividade com smartphones e que mostra informações sobre o carro e os sistemas de entretenimento numa tela de sete polegadas colorida e sensível ao toque. O acabamento é simples, mas sem demonstrar falta de qualidade. E, ponto importante em peruas, o porta-malas carrega 500 litros de bagagem, considerando como limite a linha do vidro traseiro -- podendo chegar aos 1.500 litros com carga até o teto e os bancos traseiros rebatidos.

Irmão menor está chegando

  • Rodrigo Áscoli Magri/UOL

    A perua do Cruze pode ser ainda algo bem distante do Brasil, mas o hatch aparece rodando nas ruas cada vez mais "nu" e já com placas regulares, e não verdes; nossa aposta é que o lançamento será em abril (foto de Rodrigo Áscoli Magri)

As medidas da Cruze SW a situariam um pouco acima da Renault Mégane GT, que mede 4,5 metros e é a única perua de porte médio à venda no Brasil: a station da Chevrolet chega a 4,67 metros de comprimento, com entre-eixos de 2,68 metros.

VERSÕES
A Cruze SW terá sete versões, combinando três motores a gasolina e dois a diesel com câmbio manual e automático. São elas: 1.4 turbo a gasolina (140 cavalos), com transmissão manual; 1.6 (124 cv) a gasolina, manual; 1.8 (141 cv) a gasolina, manual; 1.8 (141 cv) a gasolina, automático; 1.7 (130 cv) a diesel, manual; 2.0 (163 cv) a diesel, manual; e 2.0 (163 cv) a diesel, automático. Essa gama de motores estará disponível para toda a linha Cruze na Europa a partir de meados deste ano.

Entre os novos equipamentos apresentados com a Cruze SW (e estendidos a toda a linha) estão a ignição por meio de botão e sistema keyless (que dispensa o uso de chave para a abertura e partida do carro), além dos já conhecidos ESC (controle de estabilidade), TC (controle de tração), freios ABS com EBD (antitravamento, com distribuição da força de frenagem) e seis airbags. Exclusividade da SW, a câmera de ré fará sua estreia na família Cruze. Algumas versões podem ter o sistema Start-Stop.

A Cruze SW é um produto estratégico no mercado europeu (os preços ainda não foram definidos, devendo se situar um pouco acima do que é cobrado pelo sedã) e, numa possível vinda ao mercado brasileiro, marcaria o renascimento das peruas dentro da gama Chevrolet, segmento em que ela já teve nomes como Caravan e Marajó, mas que abandonou com o fim da Corsa Wagon.

Viagem a convite da Mercedes-Benz