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Mercedes-Benz reinventa Classe A para renovar e ampliar seu público

Nova geração do Classe A abre possibilidades para a Mercedes-Benz - Divulgação
Nova geração do Classe A abre possibilidades para a Mercedes-Benz Imagem: Divulgação

Rodrigo Lara

Do UOL, em Genebra (Suíça)

05/03/2012 14h57

Com 126 anos de história própria, que se confunde com a própria criação do automóvel, a Mercedes-Benz começa sua participação no Salão de Genebra 2012 com um movimento em busca do rejuvenescimento tanto de marca, quanto de público: a pré-estreia da nova geração do compacto Classe A, que abre mão do estilo de monovolume de uso familiar e abraça a carroceria de hatch, com arrojadas formas esportivas. 

Em evento privativo, na véspera da abertura do salão, e sob olhares de jornalistas e convidados de toda a Europa, Estados Unidos, China e América Latina (Brasil incluído), a empresa alemã faz, às 19 horas desta segunda-feira (5) em Genebra, na Suíça (15h no horário oficial brasileiro), uma apresentação diferente de seu estilo habitual. Os executivos alemães, desta vez, estão vestidos com trajes casuais. A ideia é mudar completamente a imagem tradicional, sisuda, atribuída ao grupo.

No cado do Classe A, é preciso também deixar para trás o histórico de vendas como monovolume que, se não foi um fracasso, ficou longe do padrão da marca como um todo. Revolucionário em sua concepção, o Classe A original, de 1997, permitiria à Mercedes atuar em áreas diferentes, vendendo para pessoas que ainda estavam distantes do mercado premium. Aquela geração chegou a ser vendida no Brasil, onde chegou em 1999 e foi fabricada até 2005. Dois anos depois, uma nova geração chegou ao resto do mundo (o Brasil ficou de fora desta vez, com o naufrágio do projeto inicial), tentando retornar à origem dos carros da marca, algo nunca obtido. 

Agora, a ideia foi transformar o carro como um todo, a começar pelo seu formato: a Mercedes deixou de lado a carroceria monovolume para dotar o novo Classe A de um corpo de hatch: se o monovolume tinha 3,57 metros de comprimento e 1,58 m de altura, o novo modelo chega a 4,29 m de comprimento por 1,43 m de altura.

A julgar pelo protótipo apresentado no Salão de Frankfurt de 2011, que carregava linhas bastante agressivas, o novo Classe A abrirá concorrência com modelos das rivais BMW (Série 1) e Audi (A3). Seria exagero dizer que será um Mercedes de volume, mas a ideia é vender bem e ajudar a renovar a imagem da marca, normalmente associada a um publico conservador.

O novo modelo chega às lojas europeias em setembro deste ano, alcançando na sequência mercados como o norte-americano e chinês. Para o Brasil, o desembarque está marcado para o princípio de 2013.

Ainda não há informações oficiais sobre preços e motorizações, o que deverá ocorrer logo mais, mas a imprensa europeia especula sobre o uso de até seis propulsores, que dariam nome às versões: A160 Eco CDI (com baixas emissões e consumo, mas sem potência divulgada), A180 CDI (diesel com injeção direta e 109 cavalos), A200 CDI (136cv), A220 CDI (170 cv), A160 (a gasolina, com 115 cv), A180 (156 cv) e A250 (211 cv).

MAIS POSSIBILIDADES
O novo Classe A serve ainda para expandir o horizonte da Mercedes-Benz, com novos modelos que derivam de sua plataforma. Além do novo hatch compacto, esta arquitetura já foi utilizada na mais recente geração do Classe B, que chega este ano ao Brasil.

A plataforma, porém, tem mais fôlego: além do Classe A e do Classe B, ela dará à luz um "mini-CLS" -- ou seja um sedã executivo com jeito de cupê, mas agora de porte compacto-médio, que deve ser chamado de CLC --, sua derivação perua, e ainda dois SUVs de portes diferentes -- um para brigar com recém-lançado Audi Q3 e outro, maior, para enfrentar o BMW X6.

GENEBRA 2012
Além das novidades da Mercedes-Benz, UOL Carros faz cobertura completa in loco da edição 2012 do Salão de Genebra (veja aqui a página especial) e trará ao seu leitor todas os detalhes do evento, que abre à imprensa nesta terça-feira (6).