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Salão de Antigos tem exemplares únicos e até raridade de sambista

BMW Isetta 600 Limo é um dos muitos exemplares raros expostos no Salão de Antigos de SP - Ivan Ribeiro/Folhapress
BMW Isetta 600 Limo é um dos muitos exemplares raros expostos no Salão de Antigos de SP Imagem: Ivan Ribeiro/Folhapress

Da Agência Estado

Em São Paulo

25/11/2011 12h34

Não só Interlagos -- que recebe neste fim de semana o GP Brasil de Fórmula 1 -- será o point de quem curte carros em São Paulo por esses dias. Começa nesta sexta-feira (25) a primeira edição do Salão Internacional de Veículos Antigos (saiba mais aqui).

Até domingo, 16 mil metros quadrados do Pavilhão de Exposições do Anhembi estarão tomados por 240 veículos, a grande maioria de coleções particulares, e por outras atrações do segmento, para a alegria dos 30 mil visitantes esperados.

"Estou muito otimista com o sucesso do evento. E espero que no ano que vem seja maior ainda", comenta o economista paulistano Júlio Penteado, de 58 anos, que coleciona automóveis desde os 20. No salão, exibe orgulhoso seu De Tomaso Longchamp 1975, um dos sete veículos antigos de sua propriedade.

"É um carro híbrido: italiano com mecânica americana. Único exemplar no país", conta. Na programação do salão, há venda de peças e acessórios para colecionadores, premiação dos melhores veículos -- os 16 mais bem avaliados por especialistas em um desfile serão condecorados com troféus - e até o antes e depois da restauração de um carro antigo -- o Kharmann Ghia 1970 do cantor e compositor Paulinho da Viola. Também está marcado para sábado um leilão de 70 carros antigos.

"Por ser um negócio de grande interesse e que reúne raridades importantes para a história do setor, estamos adotando critérios rigorosos para garantir um leilão de excelente nível. Queremos garantir a satisfação tanto dos vendedores quanto daqueles que querem adquirir um automóvel antigo", explica Hércules Ricco, diretor do evento. O salão mostrará a evolução do automóvel por meio de uma linha do tempo, relacionando os modelos antigos a músicas e figurinos de sua época.

"É uma lacuna de nossa história. Imagine só que o Brasil não tem um museu que conte a história da nossa indústria automobilística", lamenta o colecionador Penteado. "Se alguém quer conhecer um Simca, um Aero Willys, tem de recorrer a acervos particulares."

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".