Japão, Coreia do Sul e EUA reclamam do IPI na OMC
O aumento de 30 pontos percentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) estabelecido pelo governo brasileiro, o qual atingiu carros importados de fora do Mercosul e do México, foi questionado pelo Japão, pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos durante a reunião do Comitê de Acesso ao Mercado da Organização Mundial do Comércio (OMC) nesta sexta-feira (14).
O debate foi aberto após a partipação do Japão. Deste país, as montadoras mais penalizadas são Mitsubishi e Subaru. Toyota, Honda e Nissan têm parte de sua produção no próprio Brasil e/ou no México. As coreanas Hyundai e Kia, do mesmo grupo industrial (mas que no Brasil agem como concorrentes), pagarão IPI maior em todos os seus modelos (a exceção seria o Tucson "nacional"). Já as montadoras dos EUA não têm do que reclamar, pois General Motors e Ford estão no Brasil há décadas e apenas uma porção ínfima de seu portfólio foi afetada.
O Itamaraty disse que não houve "queixa formal" dos países contra o Brasil na OMC. No entanto, a formalização ainda pode ocorrer. O Comitê de Acesso ao Mercado serve para discutir medidas comerciais aplicadas pelos países membros da organização. A discussão demonstra insatisfação dos parceiros comerciais que exportam carros ao Brasil quanto à medida brasileira, cuja justificativa oficial é proteger a produção de veículos no país.
A União Europeia e a Austrália também demonstraram "preocupação" com a medida adotada pelo governo brasileiro. Da Europa, vêm carros produzidos por Audi, BMW e Mercedes-Benz (alemãs), além de alguns modelos franceses da Citroën. Já a Austrália exporta ao Brasil apenas o Chevrolet Omega.
Segundo o Itamaraty, o Brasil alegou que o aumento é temporário, visto que a medida vigora até dezembro do ano que vem. O Ministério das Relações Exteriores informou, ainda, que se colocou à disposição dos países que reclamaram do imposto para esclarecimentos. (por Luciane Cruz)
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