A1 vende menos que o esperado, mas Audi não culpa preço
Com cerca de 20 mil unidades vendidas desde agosto pelo preço inicial de 15.800 euros (R$ 36 mil pelo câmbio desta segunda-feira, 13), o Audi A1, carro de entrada premium da marca alemã, já tem seu sucesso questionado. De acordo com o boletim Automotive News Europe, citando a revista Automobilwoche, o valor do compacto pode ter sido superestimado, ficando fora do alcance do público-alvo -- consideravelmente mais jovem que o comprador habitual da Audi.
A Audi alemã nega o suposto "fracasso" do carrinho. Um porta-voz da companhia disse que a previsão de fabricar 50 mil unidades do A1 este ano está mantida, e que as vendas devem atingir 30 mil carros -- ainda faltam 10 mil, ou 50% do que já foi vendido. A fábrica do A1, na Bélgica, pode entregar cerca de 100 mil unidades anuais do modelo.
A Automobilwoche afirma ter conversado com concessionários da Audi, que se queixaram do preço elevado para o público europeu mais jovem. Segundo um desses entrevistados, o principal rival do A1, o Mini Cooper, pode custar caro porque "tem história". A revista também apurou que o lançamento de uma versão de quatro portas do A1 pode ser antecipado em um ano -- acontecendo em 2011, em vez de 2012. Feito "sob medida" para o mercado europeu, o compacto poderá ser vendido nos Estados Unidos quando chegar à segunda geração.
No Brasil, a pré-venda do A1 está aberta desde novembro. Em versão única, sai por R$ 89.900 -- é o carro mais barato da Audi no Brasil, e um dos mais baratos das três marcas premium alemãs (o Mercedes-Benz Classe B de entrada custa o mesmo).
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