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Volkswagen promete 23 lançamentos em 2011 e 1 milhão de carros em 2014

<b>Jetta 2011, com a nova frente da Volkswagen, chega no 1º semestre; Passat vem no 2º</b> - Divulgação
<b>Jetta 2011, com a nova frente da Volkswagen, chega no 1º semestre; Passat vem no 2º</b> Imagem: Divulgação

CLAUDIO DE SOUZA

Editor de UOL Carros

07/12/2010 00h25

A Volkswagen do Brasil anunciou na noite desta segunda-feira (6), em seu evento anual de "prestação de contas" à imprensa, que vai lançar 23 novidades em 2011. São dez carros a mais que neste ano. A cifra inclui novas gerações de modelos já existentes, reestilizações e séries especiais; em princípio não há previsão de a marca alemã lançar algum carro totalmente inédito no próximo ano.

No pacotão da Volks estão incluídos, com certeza, os novos Jetta e Passat, sedãs que foram exibidos no último Salão do Automóvel de São Paulo. Os dois carros mais desatualizados da atual gama nacional da marca, os hatches Polo e Golf, devem ao menos passar por alterações cosméticas. E novas opções BlueMotion, com foco na eficiência, podem ser apresentadas -- já existe o Polo BlueMotion, uma nulidade em termos de vendas, e viriam agora o Gol e o Fox. O conversível Eos foi reestilizado na Europa e tem chance de ser incluído nessa conta. Quem quiser sonhar, que torça pela vinda do cupê Scirocco.

A prometida enxurrada de novidades é um resultado parcial dos R$ 6,2 bilhões que serão injetados pela Volkswagen no Brasil entre este ano e o de 2014 -- quando a montadora espera produzir, pela primeira vez, 1 milhão de carros em suas fábricas no país. Se isso acontecer, ela praticamente dobrará sua produção em oito anos, considerando as 593 mil unidades entregues em 2006. Mais da metade do caminho já está percorrida, pois até o final de 2010 a produção vai bater em 832 mil (nada menos que 17% de tudo que a Volks produz mundialmente). O crescimento verificado no Brasil em quatro anos foi de 40% (e de 8% entre 2009 e 2010).

Tais números são parte integrante do ambicioso plano da Volkswagen de se tornar a maior fabricante automotiva do mundo em 2018, superando a atual líder, a japonesa Toyota. Outra parte fundamental é o aumento da sinergia entre as diversas unidades mundiais da Volks, com a intensificação do uso de plataformas e powertrains globais. Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos, Índia e México são os países-chave nessa empreitada.

NO BRASIL, AINDA VICE
Nada disso deve fazer com que a Volks do Brasil ultrapasse a Fiat imediatamente e reconquiste a liderança do mercado automotivo local (considerando carros de passeio e utilitários leves). Ainda que por estreita margem, entre um e dois pontos percentuais, quando 2010 terminar a montadora italiana deve manter-se no topo pelo sétimo ano consecutivo. O placar no fechamento das vendas de novembro foi de 22,95% a 21,02%.

Como consolo, mais uma vez a Volks vai comemorar uma vitória do Gol sobre a concorrência. O compacto não pode mais ser alcançado pelos rivais (especificamente, pela dobradinha Fiat Mille/Novo Uno), e terá em 2010 o 24º ano de liderança absoluta no mercado, com cerca de 285 mil unidades vendidas. Em outras palavras, o Gol responde por quase 35% da Volks no Brasil.