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Fiat 500 Sport e Abarth chegam para agitar o nicho dos "fun cars"

Da AutoPress

Especial para o UOL

18/09/2009 14h32

O segmento dos subcompactos de diversão importados está badalado desde o início do ano. E a Fiat não quer perder a festa. A partir de 1º de outubro, a montadora italiana começa a vender no país o 500, pequenino hatch retrô fabricado em Tychy, na Polônia. Lançado em 2007 e com desenho inspirado no Nuova 500, de 1957, o modelo virá inicialmente na versão Sport equipada com o motor 1.4 litro 16V a gasolina de 100 cv de potência. Os preços ficarão entre R$ 60 mil e R$ 70 mil. Valores maiores que os pedidos nos dois rivais diretos, o Smart fortwo, vendido por R$ 57.900 na versão cupê, e o Volkswagen New Beetle, disponível por R$ 55.410 na configuração 2.0 com câmbio manual.

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    Fiat quer 'status vip' em festa de subcompactos de diversão: traz 500 Sport e 500 Abarth T-Jet

A montadora italiana também vai aproveitar o lançamento do Cinquecento, como é chamado na Europa, para avaliar a receptividade do 500 Abarth T-Jet, versão de alto desempenho modificada pela divisão esportiva da marca. O modelo é equipado com o mesmo propulsor 1.4 litro a gasolina de quatro cilindros em linha e 16 válvulas. Só que a unidade de força no 500 Abarth é sobrealimentada por um turbocompressor com intercoller.

Na versão Sport, o motorzinho 1.4 é acoplado a um câmbio manual de seis marchas e produz 100 cv aos 6 mil giros, além de um torque de 13,3 kgfm aos 4.250 rpm. Com o turbo, esse rendimento sobe para 135 cv aos 5.500 giros e 21 kgfm de torque, livres a partir dos 3 mil rpm. O câmbio também muda: no Abarth, a caixa é manual de cinco marchas.

SUBCOMPACTOS 'DIVERTIDOS'
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Veja detalhes dos carrinhos

Caso tenha sua importação confirmada até o fim do ano, o 500 "apimentado" terá preços mais elevados, próximos de R$ 80 mil. Por esse valor, o modelo brigará com o Mini Cooper, trazido pela BMW desde janeiro e oferecido a partir de R$ 92.500.

Em relação ao Cinquecento convencional, a versão Abarth tem para-lamas alargados para receber as rodas de liga leve de 16 ou 17 polegadas, para-choques esportivos com entradas e saídas de ar, escape duplo cromado na traseira, retrovisores externos e adesivos vermelhos e a suspensão mais baixa e rígida - para suportar o desempenho mais forte. No interior, sai o símbolo da Fiat e entra o escorpião da Abarth.

Tanto o 500 Sport quanto o Abarth devem oferecer diversas configurações de acabamento, com mais de dez opções de cores para carroceria e revestimento dos bancos. Ambos os modelos, porém, já vêm bem servidos da Europa. A lista inclui ar-condicionado digital, direção elétrica, volante multifuncional com ajustes de altura e profundidade, trio elétrico, computador de bordo, sensores de chuva, de luminosidade e de obstáculos e o sistema Blue&Me, com rádio/CD/MP3, Bluetooth para celulares e entradas USB e para iPods.

No quesito segurança, estão disponíveis freios com ABS e EBD, controle eletrônico de estabilidade e de tração e sete airbags - frontais, laterais, do tipo cortina e de joelhos para o condutor. Um conteúdo bem completo, que tenta justificar os preços elevados. Mas o 500 é um carro de imagem e é nisso que a Fiat aposta. (por Diogo de Oliveira)

IMPRESSÕES AO DIRIGIR/FIAT 500 SPORT
Num primeiro olhar, o pequeno 500 reúne no interior muitas das soluções aplicadas no Fiat Panda. A semelhança fica evidente, por exemplo, em partes do painel, como no console central com a manopla do câmbio integrada.

500 SPORT

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    Ótimo acerto de suspensão e posição de dirigir agradável são diferenciais do minicarro da Fiat

Só que o habitáculo do Cinquecento se caracteriza por uma riqueza de detalhes e um estilo próprio - com acabamento mais refinado que o do compacto de entrada da montadora italiana na Europa. Volante e bancos são revestidos de couro, há peças em duas cores e montagem precisa. O hatch retrô oferece ainda o sistema Blue&Me, com "gadgets" como entradas USB e para iPods, conjunto que distancia o modelo do ambiente mais espartano do Panda.

É em movimento, porém, que o 500 mais agrada e se mostra urbano. O modelo tem ótimo acerto de suspensão, com comportamento suave sobre o asfalto, além de uma posição de dirigir bastante prática e agradável.

No caso da versão Sport, o sufixo tem mais presença no nome que propriamente no desempenho. O motor 1.4 litro com 16 válvulas e 100 cv de potência tem uma subida de giros bastante linear, mas exige uma tocada mais esportiva para se extrair mais força. A unidade demora um pouco a encher em baixas rotações, com o torque de 13,3 kgfm despejado por inteiro somente aos 4.250 rpm.

Por outro lado, o câmbio de seis marchas têm ótimo escalonamento, sem buracos entre as relações e com engates curtos e precisos. Assim, o motor 1.4 não chega a ser moroso. E a ergonomia interior agrada bastante. A alavanca integrada no painel fica próxima ao volante, posicionada mais acima e com excelente acesso. E há ainda o modo esporte, acionado por um botão no console central. O recurso deixa a direção elétrica e o acelerador mais sensíveis aos movimentos e torna as respostas mais ágeis. Sem falar na melodia doce do motor. (por Carlo Valente, da Infomotori.com/Itália)

FICHA TÉCNICA

Fiat 500 Sport 1.4 16V
Motor: A gasolina, transversal, 1.368 cm³, quatro cilindros em linha, 16 válvulas e comando simples de válvulas no cabeçote. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico.
Transmissão: Manual de seis marchas à frente e uma a ré. Oferece controle de tração.
Potência: 100 cv a 6 mil rpm.
Torque: 13,3 kgfm a 4.250 rpm.
Diâmetro e curso: 72,0 mm X 84,0 mm. Taxa de compressão: 10,8:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com braços transversais oscilantes inferiores, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira interdependente por eixo de torção, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Oferece controle de estabilidade.
Freios: Dianteiros a discos ventilados e traseiros a discos sólidos. Oferece sistema ABS com EBD de série na versão.
Carroceria: Hatch em monobloco com duas portas e quatro lugares. 3,54 metros de comprimento, 1,62 m de largura, 1,48 m de altura e 2,30 m de distância entre-eixos. Oferece duplo airbag frontal de série na versão.
Porta-malas: 185 litros.
Peso: 930 kg em ordem de marcha, com 440 kg de carga útil.
Tanque: 35 litros.

IMPRESSÕES AO DIRIGIR/500 ABARTH
Há automóveis que valem serem contemplados antes de conduzidos. Mas há outros que, após o primeiro olhar, a vontade de pegar no volante é imediata. É o caso do 500 Abarth. A estética da versão esportiva é, no mínimo, sedutora e faz jus à história iniciada pelo piloto e empresário Carlos Abarth, que, no final dos anos 50, decidiu pegar um Fiat 500 e fazer modificações para deixá-lo com desempenho mais agressivo.

500 ABARTH

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    Sonoridade envolve o condutor com timbres agudos: trata-se de modelo destinado ao sucesso

Nas pistas de competição, essas mexidas fizeram muito sucesso na época. E, desde então, a imagem do escorpião tem sido utilizada volta e meia pela marca italiana. Só que nenhum dos modelos recentes ficou tão apelativo quanto o 500 Abarth.

Por fora, ele ostenta riscos vermelhos nas laterais, rodas de liga leve imponentes de 17 polegadas, um aerofólio e duas ponteiras de escape encaixadas nas pontas do para-choques traseiros, entre os difusores de ar.

Ao acessar o interior, a sensação de esportividade se mantém forte, com bancos cobertos em couro, volante com a base achatada, pedaleiras de alumínio e um quadro de instrumentos com indicador da pressão do turbo e uma luz que indica o momento exato para se passar a marcha sem castigar o pequeno propulsor 1.4 litros de 135 cv.

Este motor não é, propriamente, uma referência de esportividade. Mas a unidade oferece força suficiente para manter a diversão num patamar elevado. Com um reforço: o peso de 930 kg lhe permite ao veículo ultrapassar facilmente os 200 km/h e arrancar de zero a 100 km/h em 9,0 segundos.

Pode parecer perigoso trafegar a velocidades tão elevadas em um carro pequeno. Mas a estabilidade do 500 Abarth é inquestionável. Outro aspecto marcante é a sonoridade, que envolve o condutor com seus timbres agudos. Já o câmbio poderia ter um escalonamento mais curto. Mas trata-se de um modelo destinado ao sucesso. (por Luis Guilherme, da AutoMotor/Portugal)

FICHA TÉCNICA

500 Abarth 1.4 16V Turbo T-Jet
Motor: A gasolina, transversal, 1.368 cm³, quatro cilindros em linha, 16 válvulas e comando simples de válvulas no cabeçote. Injeção eletrônica multiponto sequencial, acelerador eletrônico e turbocompressor com intercooler.
Transmissão: Manual de seis marchas à frente e uma a ré. Oferece controle de tração.
Potência: 135 cv a 5.500 rpm.
Torque: 21 kgfm a 3 mil rpm.
Diâmetro e curso: 72,0 mm X 84,0 mm. Taxa de compressão: 10,8:1
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com braços transversais oscilantes inferiores, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira interdependente por eixo de torção, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Oferece controle de estabilidade.
Freios: Dianteiros a discos ventilados e traseiros a discos sólidos. Oferece sistema ABS com EBD de série na versão.
Carroceria: Hatch em monobloco com duas portas e quatro lugares. Dimensões: 3,54 metros de comprimento, 1,62 metro de largura, 1,48 metro de altura e 2,30 metros de entre-eixos. Oferece duplo airbag frontal de série na versão.
Porta-malas: 185 litros.
Peso: 1.035 kg em ordem de marcha.
Tanque: 35 litros.