Salão do Automóvel de Xangai vira atração em tempos de crise
O MUNDO VAI A XANGAI
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O presidente da Porsche, Wolfgang Porsche (dir.), assiste ao lançamento do esportivo de quatro portas Panamera Turbo, ao lado de convidados VIP, executicos e políticos, no Salão de Xangai.
São esperados até 13 lançamentos de porte no evento, que segue até o dia 28 de abril, na China. -
Americana Chrysler e suas marcas Jeep e Dodge também ignoraram a crise que as fizeram desistir de outros salões este ano para mostrar seus modelos para o público chinês, grande vedete automotiva dos tempos atuais.
MERCADO ATRAENTE
O consumo de automóveis na China cresceu na média 20% ao ano ao longo da última década, tornando o gigante asiático o principal mercado para grandes montadoras como Volkswagen e GM fora dos países de origem.
Além disso, há muito potencial no mercado chinês, acreditam os fabricantes de automóveis, pois o número de carros per capita ainda é um terço da média mundial e equivale aos níveis de consumo dos Estados Unidos em 1925 e do Japão em 1965, segundo números do site de informações financeiras Bloomberg.
600 MIL VISITANTES
Neste contexto, um total recorde de 1.500 expositores está participando da feira, que é a maior desde que o evento começou a ser realizado em 1985.
Estimativas dos organizadores sugerem que 600 mil pessoas visitarão o pavilhão de exibições para conferir as novidades do setor. Pelo menos 13 novos modelos estão com o lançamento previsto para esta semana. E a sincronização do evento com a prova da Fórmula 1 também atraiu a presença de grandes empresários e celebridades do mundo automobilístico à cidade.
Na noite de domingo, o diretor-executivo da Porsche Wendelin Wiedekin esteve na abertura da feira para fazer o lançamento do novo modelo da marca de luxo, um sedan esportivo chamado Panamera.
Diretores da Daimler, Volkswagen e Nissan também estão em Xangai prestigiando o mercado chinês, en nítido contraste com o fato de que algumas montadoras deixaram de comparecer a outros salões de automóveis mais tradicionais.
Neste ano a Daimler, fabricante dos carros Mercedes-Bens, não participou do salão de Tóquio. Igualmente, a Nissan deixou de ir à feira de Frankfurt e a Porsche não pretende estar presente ao evento de Detroit. Todas essas montadoras, entretanto, estão nesta semana divulgando seus modelos em Xangai.
Os números da Porsche, por exemplo, explicam o entusiamo pelo mercado chinês. A montadora viu o total de vendas no país dobrar no ano passado para 7.600 unidades e aposta numa expansão ainda mais vertiginosa, levando em conta o potencial do país emergente de 1,3 bilhão de habitantes.
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