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França aceita reduzir participação na Renault por aliança com Nissan

Nissan Frontier vs. Renault Alaskan - painéis - Murilo Góes/Arte UOL
Nissan Frontier vs. Renault Alaskan - painéis
Imagem: Murilo Góes/Arte UOL

08/06/2019 10h01

A prioridade da montadora francesa Renault é "consolidar a aliança" com a Nissan, afirmou hoje o ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, dias após o colapso das conversações sobre uma eventual fusão com a Fiat Chrysler.

Para ajudar a fortalecer a aliança com a Nissan, o Estado francês está disposto a "reduzir sua participação" de 15% no capital da Renault, disse Le Maire à AFP à margem da reunião ministerial do G20 em Fukuoka, Japão.

Na quinta-feira, a Fiat Chrysler retirou da mesa a proposta sobre uma fusão com a Renault, alegando a inexistência de "condições políticas" na França, em uma clara referência à demora da montadora francesa em analisar o plano, por influência do Estado francês.

Já Paris alegou que as conversações preliminares não permitiram alcançar qualquer garantia de preservação da aliança Renault-Nissan, que já dura 20 anos.

Neste sábado, Le Maire assinalou que é necessário colocar as prioridades "em ordem" e que isto para a Renault significa "antes de mais nada consolidar a aliança" com a Nissan.

O Estado francês está "aberto a todas as possibilidades", desde que todos os seus associados concordem, disse Le Maire.

"Podemos reduzir a parte do Estado no capital" da Renault. "Isto não representa dificuldades, desde que no final tenhamos uma aliança mais sólida entre as duas grandes montadoras, que são Renault e Nissan".

No momento, a Renault possui 43% da Nissan e a montadora japonesa tem 15% da Renault - sem direito a voto - e 34% da Mitsubishi Motors.