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Suzuki Inazuma 250 aposta em visual esportivo para encarar rivais

Carlos Bazela

Da Infomoto

07/10/2013 12h55Atualizada em 11/10/2013 17h07

Recuperar o tempo perdido é palavra de ordem na Suzuki em 2013. Depois de lançar a pequena GS 120, em março, e outras cinco motos de alta cilindrada no mês seguinte, a fabricante japonesa ingressa agora em um dos segmentos mais acirrados do mercado brasileiro com a aguardada naked Inazuma 250. A moto promete ser a grande estrela do estande da marca no Salão Duas Rodas 2013, que acontece entre os dias 8 e 13 de outubro no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo (SP).

O design é uma das características mais marcantes da Inazuma. O farol poligonal e os piscas dianteiros acomodados nas aletas laterais do radiador remetem imediatamente à B-King, a naked que usa o mesmo motor de 1300cc da Hayabusa. O visual semelhante ao de um modelo maior tem sido estratégia comum para diversos fabricantes e, no caso da Suzuki, afasta um pouco a imagem utilitária que os modelos do segmento acabaram ganhando no Brasil.

Na rabeta, as linhas simples evidenciam a grande lanterna traseira e a alça de apoio da garupa. A Inazuma também aposta nos dois escapes compridos e estreitos, um de cada lado da moto, como artimanha visual para parecer uma moto maior e mais potente. As rodas de liga leve com três pontas, feitas em alumínio, e os semi-guidões encaixados na mesa de direção completam os traços esportivos do modelo. Para oferecer conforto aos ocupantes, a moto conta ainda com assento em dois níveis.

Uma vez que a moto -- que será produzida em Manaus (AM) --  tem sua chegada ao mercado nacional prevista somente para o segundo trimestre de 2014, seu preço ainda não foi revelado oficialmente. Mas, fontes ligadas à J.Toledo/Suzuki, estimam o preço em cerca de R$ 15 mil.

BICILÍNDRICA
O coração da Inazuma é um propulsor de dois cilindros paralelos de 248 cm³ arrefecido a líquido, capaz de gerar até 24,5 cv de potência máxima a 8.500 rpm. O torque máximo é de 2,3 kgfm a 6.500 giros. A arquitetura, cujo diâmetro/curso dos pistões é de 53,5 x 55,2 mm, não deixa de ser uma aposta da Suzuki, uma vez que a configuração é incomum para os modelos do segmento, que preferem utilizar motores de apenas um cilindro.

A frenagem, é feita por dois discos, sendo o dianteiro de 290 mm de diâmetro e o traseiro com diâmetro de 240 mm. Montada sobre um quadro de berço semiduplo, a Inazuma tem corpo longo (2.145 mm), porém esguio (780 mm de largura). A altura do assento é de 760 mm, o que ajuda pilotos de estatura menor a colocarem os pés no chão. No entanto, o peso da Inazuma pede atenção: 182 kg. É  um número um tanto alto se levarmos em conta que o modelo não traz freios ABS.

No conjunto de suspensão, segue a configuração padrão das nakeds de baixa cilindrada. Enquanto a dianteira traz garfo telescópico com curso de 120 mm, a traseira está equipada com um monoamortecedor com curso de 125 mm, com pré-carga da mola regulável em até sete posições.O tanque tem 13,3 litros.

Ponto positivo no painel: o conta-giros analógico no centro divide de maneira harmoniosa as luzes espias do lado esquerdo e o display digital à direita que, entre outras informações, exibe qual das seis marchas está engatada. Há ainda novidades como "shift light", que pode ser ajustado para orientar trocas de marcha visando economia de combustível, e um indicador de revisão.

CONCORRENTES
Atualmente, as vendas de nakeds de 250 e 300cc correspondem a cerca de 10% de todo o segmento street no Brasil. Não parece muito, mas se levarmos em conta de que a Yamaha Fazer, a Dafra Next e a Honda CB 300R já venderam juntas mais de 56.600 unidades desde o início do ano estamos falando de um filão bastante promissor. Os dados são da Fenabrave.

Resta agora é saber se o visual esportivo e o motor diferenciado serão suficientes para pôr a Inazuma na briga com oponentes já veteranas.