Yamaha lança segunda geração da Factor com mudanças sutis
Reformular um produto de entrada e com números de venda expressivos não é tarefa fácil. Por isso, a Yamaha resolveu não arriscar: fez alterações sutis e somente visuais na Factor, sua street de 125 cc -- a sexta moto mais vendida do país em 2012.
O motor manteve a mesma capacidade cúbica e não recebeu injeção eletrônica. O que mais mudou foi seu nome, que perdeu a sigla "YBR 125" para adotar a extensa nomenclatura "Factor Segunda Geração 2014".
A novidade, se é que podemos chamá-la assim, é uma versão de entrada do modelo, ainda mais barata, chamada K1. Ela conta com partida a pedal e freios a tambor e custa R$ 5.390. Já as versões K (partida a pedal) e E (partida elétrica), enquanto a versão ED (partida elétrica e freio dianteiro a disco), tiveram redução de preços de até R$ 500. Elas passam a valer R$ 5.690, R$ 6.120 e R$ 6.490, respectivamente.
POUCAS MUDANÇAS
Visualmente, a moto mudou pouco. A tampa lateral que sela a bateria passa a adotar a simples inscrição "Yamaha" na diagonal, enquanto o nome Factor migrou para as aletas laterais do tanque de combustível. Estas, por sua vez, estão maiores e foram levemente reestilizadas.
Embora pareçam iguais à primeira vista, uma olhada mais criteriosa revela que o desenho está menos anguloso e que o emblema da marca foi deslocado um pouco para trás. Outra novidade é o painel, que trocou o quadro de instrumentos de fundo preto por um novo mostrador branco, de melhor visualização. Velocímetro e marcador de combustível, entretanto, continuam sendo analógicos.
O escapamento também é novo. Embora a cor preta fosca continue para todas as versões, o novo conjunto é mais estreito e traz um novo protetor térmico -- redesenhado e com cortes maiores para melhorar a dissipação de calor. O para-lama dianteiro também ganhou novo desenho. A peça é mais longa e protege uma área maior do pneu dianteiro, além de se encaixar de forma mais harmônica nas bengalas.
As cores azul, vermelha e preta são as opções para as versões K e E, enquanto a versão ED também oferece a cor branca. Topo de linha, a ED ainda se diferencia por ter rodas de liga e para-lama na cor da moto -- o das outras versões vêm em preto.
Já a Factor K1 pode ser adquirida apenas nas cores preta e vermelha, sendo que as aletas laterais do tanque são pretas nas duas opções de cores. O estilo de fixação das pedaleiras da garupa é outra novidade. Assim, as versões E e ED perderam o suporte cromado e agora têm um tubular, como na versão K de primeira geração.
PROPULSOR TRADICIONAL
Para a tristeza de quem esperava um motor com capacidade cúbica maior e injeção eletrônica, a Yamaha manteve o mesmo monocilíndrico de 124 cm³, com comando único no cabeçote (SOHC), refrigerado a ar e alimentado por carburador. Números de potência e torque, portanto, permanecem inalterados: 10,2 cv (a 7.800 rpm) e 1 kgfm de torque (6.000 rpm).
Equipado com sensor de posição do acelerador (TPS), o carburador tem acionamento a vácuo para que a alimentação do motor seja feita com economia, mas sempre com eficiência.
Os freios também continuam sendo a tambor em ambas as rodas para as versões K, E e para a nova K1. A ED recebeu melhorias no freio dianteiro, que incluem disco, pinça e cilindro mestre (que, segundo a Yamaha, respondem com maior rapidez aos comandos do piloto). Não houve, entretanto, nenhuma menção sobre mudanças no diâmetro do disco, que sempre foi de 245 mm.
A nova Factor continua sendo montada sobre um chassi tipo diamond (em aço) e mantém o mesmo conjunto de suspensões, sendo o sistema bichoque na traseira e garfo telescópico na dianteira. O sistema antivibração, destaque, inclusive, nas campanhas publicitárias da marca, mantêm-se no modelo.
CUSTO REDUZIDO
O preço é o principal atrativo da Yamaha ao lançar a linha Factor 2014. A preocupação em reduzir os custos pode ser notada desde a introdução da versão K1 até as alterações de elementos recebidas por toda a linha, como o novo conjunto de fixação das pedaleiras traseiras e o fato de apenas a versão ED continuar com o para-lama dianteiro na cor da moto. São provas claras de que o objetivo era diminuir o preço de todas as versões.
Outra estratégia de olho no bolso do consumidor é o plano de manutenção com preço fixo. Segundo a marca, as sete primeiras revisões terão preços entre R$ 21 e R$ 116 e serão realizadas quando a motocicleta completar 1.000, 3.000, 6.000, 12.000, 15.000 e 18.000 quilômetros rodados.
Embora a opção da Yamaha em não incorporar injeção eletrônica ou um motor maior possa vir a frustrar alguns motociclistas, a redução de preços, a chegada de uma nova versão de entrada e o plano de revisões com custos fixos podem ser fatores decisivos para que a marca continue ocupando lugares de destaque no ranking de vendas das streets de baixa cilindrada. Em 2012, a Factor foi a sexta moto mais vendida do Brasil, com 82.194 unidades comercializadas, segundo números da Fenabrave.
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