Honda relança Biz carburada para tristeza de moradores de cidades frias
Para o historiador e filósofo norte-americano Henry David Thoreau, a chave para a felicidade estava na simplicidade de "ter apenas o necessário”. Ao que parece, essa foi a receita da Honda ao lançar a Biz 100 2013.
Segundo a fabricante, o foco do relançamento da motocicleta foi em quem busca economia, praticidade e baixo custo de manutenção. Da antecessora, a Biz 100 2013 herdará sua fama de resistente e quase indestrutível -- foram mais de 10 anos de produção e mais de um milhão de C 100 Biz emplacadas, por isso, até hoje, é tão fácil encontrar uma remanescente em nossas ruas.
A NOVA
A semelhança da nova Biz 100 com a anterior, a Biz 125, é tão grande que ninguém na rua notou que tratava-se do modelo 2013. A boa notícia é que as semelhanças são só visuais.
O novo motor de 97,1 cm³ de capacidade cúbica -- praticamente o mesmo que equipa a Honda Wave no exterior -- tem que girar alto para manter uma velocidade compatível com nossas estradas. A versão ES (de partida elétrica) avaliada superou os 100 km/h no velocímetro e, em algumas descidas, mostrava entusiasmo para chegar a 120 km/h. Para isso, era preciso manter punho torcido enquanto o pequeno propulsor trabalhava na casa dos 7.000 giros buscando sua potência máxima de 6,4 cv.
Nessa situação, o piloto sente a vibração do motor nas pedaleiras e também nas manoplas. Apesar do ritmo frenético, o baixo consumo foi o destaque: pouco mais de 42 km/litro e uma autonomia superior a 230 quilômetros -- o tanque de combustível tem 5,5 litros.
PEGA NO FRIO?
Contudo, é na cidade que a Biz se sente em casa, pois o motor (alimentado exclusivamente com gasolina) pode trabalhar em ritmo mais lento, já que o torque máximo de 0,7 kgfm aparece logo aos 4.000 giros. Não foi preciso trocar as marchas de forma excessiva para manter o giro do motor, pois o câmbio rotativo de quatro marchas se mostrou bem escalonado.
Para os iniciantes, a embreagem centrifuga (que acopla os discos de embreagem com o aumento do giro do motor) é uma grande aliada, pois a moto não corre o risco morrer nas saídas de farol, por exemplo. Na condição urbana, o consumo melhorou para 49 km/l.
Mas nem tudo é alegria. Em dias frios, o piloto sentirá falta da injeção eletrônica e precisará de paciência para um pequeno -- e clássico -- ritual: abrir a torneira de combustível, acionar o afogador, ligar a moto, esperar que o motor atinja a temperatura de trabalho e fechar o afogador.
Enquanto o processo acima é feito, o motociclista poderá ajeitar seus pertences sob o banco, onde cabe até um capacete fechado. Lá também está alojado um modesto estojo de ferramenta. Outra caraterística que faz dessa moto a segunda mais simples do line-up da Honda, perdendo apenas para a Pop, é a ausência do dispositivo de segurança no miolo da chave, chamado shuttle key.
FICHA TÉCNICA: Honda Biz 100 2013
Motor: | Monocilíndrico, quatro tempos, arrefecido a ar. |
Potência: | 6,4 cv a 7.000 rpm. |
Torque: | 0,7 kgfm a 4.000 rpm. |
Câmbio: | Quatro marchas. |
Alimentação: | Carburador com 15,9 mm de diâmetro. |
Tanque: | 5,5 litros (1,5 litro de reserva). |
Suspensão: | Garfo telescópico com 100 mm de curso (dianteira). |
Freios: | A tambor com 130 mm de diâmetro (dianteiro). A tambor com 110 mm de diâmetro (traseiro). |
Chassis: | Monobloco |
Peso: | 99 kg. |
EQUIPAMENTOS
Na busca pelo menor preço e baixo custo de manutenção, o modelo usa freios a tambor nas duas rodas. Embora a Biz não seja uma motocicleta de alto desempenho, esse tipo de freio não tem a mesma eficiência que o freio a disco, portanto o piloto deve ficar atento aos espaços necessários de frenagem.
Na ciclística, o chassi monobloco construído com tubos de aços e as suspensões reforçadas garantem que a Biz terá vida longa, apesar dos buracos de nossas ruas. Equipada com rodas raiadas, a pequena da Honda usa pneu 60/100 17 na dianteira e 80/100 14 na traseira. As medidas são estreitas, mas adequadas as necessidades e os pneus também têm baixo custo de manutenção (R$ 106 o dianteiro e R$ 126 o traseiro).
Destinada a calouros, a nova Biz também tem pela frente o desafio de empolgar as mulheres. Essa fatia de consumidores, segundo dados da Fenabrave, responde por mais de 25% das vendas de moto. Para isso, a fabricante oferece a cor rosa metálica, disponível apenas na versão com partida elétrica (ES).
Nesta categoria, preço é fundamental para o sucesso do produto. A Honda sabe disso: a versão KS (partida a pedal) custa R$ 5.100 e a ES (partida elétrica) sai por R$ 5.700.
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