Topo

7 carros com itens desastrosos, mas que foram sucessos de vendas

Divulgação
Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

25/10/2022 04h00

Alguns carros caem no gosto das pessoas e não há o que discutir. Podem ter sido até modelos com falhas de projeto e/ou mal oferecidos no mercado, mas o fato é que isso, muitas vezes, não impede um bom desempenho de vendas. Claro que, após algum tempo, a percepção das pessoas pode mudar, dependendo do caso. Entretanto, nada é capaz de apagar o passado (seja ele bom, ou ruim).

Na lista a seguir você verá exemplos de carros que falham muito em alguns quesitos, mas venderam bem para a categoria deles. Como eles são vistos nos dias de hoje, aí já é outra história. Enquanto alguns ainda são bem vistos (apesar de alguns fatos desastrosos), outros já atingiram níveis mais elevados de amor e ódio. Veja o que separamos.

Carros com itens desastrosos, mas bem sucedidos

  • Divulgação

    Toyota Etios

    O compacto da Toyota é um grande exemplo de sucesso. As marcas japonesas sempre foram sinônimo de qualidade, mas os carros nunca foram tão acessíveis. O Etios surgiu para entregar justamente isso e foi um sucesso. Era um veículo realmente bom e vendia muito.

    Mas então onde está o seu fato desastroso? Talvez a fabricante tenha se preocupado tanto com a qualidade e com a eficiência, que se esqueceu da beleza interior. Bem que podiam ter desenvolvido um painel mais bonito para ele...

  • Divulgação

    Fiat Doblò

    O Fiat Doblò é um dos carros mais longevos dos últimos tempos. O projeto foi criado lá nos anos 90 e foi sair de linha só na última virada do ano.

    Sempre foi um carro muito versátil, tanto para o transporte de carga, quanto para o de passageiros. Nem quando a Fiat se uniu com a FCA, e nem com o começo da Stellantis, os estrategistas tiveram coragem de tirá-la de linha.

    Entretanto, já podia custar mais de R$ 100 mil desde 2018. Com o passar de todos os anos, não ganhou nenhuma modernização dos itens do interior e no acabamento, a dirigibilidade se manteve e, o consumo, ruim desde sempre.

    Conforme o Inmetro, a versão mais econômica é a 1.8 (sim, a 1.4 é ainda pior). Faz 9,2 km/l na cidade e 10,3 km/l na estrada (gasolina), ou 6,4 km/l na cidade e 7,2 km/l na estrada (etanol).

  • Divulgação

    Mitsubishi Pajero TR4

    A prova de que o TR4 sempre foi bem sucedido, está no fato de que é um dos poucos exemplos de carros que valorizaram assim que tiveram sua produção encerrada (muito antes dos aumentos dos preços dos usados).

    Sempre foi muito valente nos trajetos fora de estrada, bastante seguro para enfrentar a buraqueira das ruas, as enchentes, fora o carisma do seu visual.

    Por outro lado, muitos foram os donos que notavam infiltração de água e sujeira em sulcos pequenos. Isso contribuiu para muitas unidades apresentarem ferrugem na carroceria. Além disso, sempre foi destaques entre os carros que bebem muito e que andam pouco.

    Quando equipada com câmbio manual, acelera até 100 km/h em 13. Segundo o Inmetro, tem consumo de 7,9 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada, e 5,5 km/l na cidade e 6,8 km/l na estrada (etanol).

  • Divulgação

    Nissan Versa 1.0

    Se até taxistas e motoristas de aplicativo usam o carro até hoje, com poucos relatos de problemas, é porque o carro é mesmo bem sucedido. Para o seu tamanho (e toda a sua capacidade de acomodar objetos e passageiros), nunca foi um carro caro. Além do mais, o motor é destaque pela sua eficiência e baixo consumo.

    O ponto é que, justamente por ser um sedã, com porte que se aproxima dos modelos do segmento médio, bem que poderia ter recebido um conjunto mecânico que favorecesse o desempenho. Com aceleração de 0 a 100 km/h em 16 segundos de muito desânimo, qualquer Chevette é capaz de acompanhá-lo.

  • Divulgação

    Citroën C4

    Poucos resistiram ao charme da então nova geração dos carros da antiga PSA, pouco antes de 2010. Prova disso é que o desempenho de vendas de carros como os C4 hatch e o sedã Pallas ajudaram a marca francesa a ensaiar posições de vendas mais ousadas no mercado brasileiro. Os carros eram recheados de equipamentos e traziam um visual que é moderno até hoje.

    Entretanto, o famigerado câmbio automático de quatro marchas da Peugeot/Citroën, que equipou muitos dos carros vendidos, é motivo de dor de cabeça até hoje. Isso explica a depreciação desses carros no mercado dos seminovos. De todo o modo, conforme o que já falamos por aqui, isso não apaga o seu desempenho de sucesso (enquanto durou).

  • Divulgação

    Hyundai Tucson

    Eis um carro difícil de saber se é 2006 e 2016. Mudou praticamente nada do início ao fim de suas vendas. O brasileiro aprovou tanto o carro que, nos anos 2000, foi um dos grandes responsáveis por associar os SUVs como carros mais refinados.

    Foi objeto de desejo por um bom tempo. E mesmo com a chegada da segunda geração do carro, o IX35, vendia o suficiente para continuar em produção.

    Começou a virar um carro desastroso quando a idade bateu na porta. Nos últimos anos de mercado, já era visto como um carro defasado. Mas o principal fator que o coloca na nossa lista é que, desde sempre, foi um carro muito, mas muito beberrão. Segundo o Inmetro, a versão mais econômica é a 2.0 manual.

    Faz 8,5 km/l na cidade e 10 km/l na estrada, apenas com gasolina. Nem queira descobrir quanto consomem as versões automática e V6.

  • Pedro Bicudo/Divulgação

    Ford Fiesta automático

    A Ford sempre se destacou pelo seu acerto fino e pela elaboração dos projetos. E o Fiesta da última geração foi o ápice disso. Tinha visual arrojado, ótima conectividade e desempenho. A dirigibilidade era outro ponto forte, com equilíbrio que ajudava no prazer ao dirigir.

    Tudo isso foi o que, inclusive, atraiu muita atenção dos mais jovens condutores. Sempre teve números de emplacamentos competitivos.

    O seu câmbio automático de dupla embreagem Powershift, que tinha tudo para ser tão promissor quanto o restante do carro, foi na direção completamente oposta.

    Enquanto estiver funcionando, é muito eficiente e contribui para o desempenho. Uma vez que superaquece (algo que não é difícil de acontecer com ele), começa a falhar. Isso até a sua quebra. O Focus e a EcoSport partilham do mesmo problema, então, muito cuidado.