Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Novo Kicks 2022: o que Nissan melhorou e quais defeitos faltou corrigir
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Em seu quinto ano de vida no Brasil, o Nissan Kicks ganhou a primeira profunda renovação no início deste ano, já como linha 2022. A situação melhorou consideravelmente, com uma merecida modernizada no visual, mas também porque a Nissan elevou o nível de segurança do seu simpático SUV compacto.
As alterações do Kicks começaram com os nomes das versões, agora divididas em três: Sense, Advance e Exclusive (R$ 118.990) - esta última a topo de linha e utilizada nesta avaliação.
Do lado de fora, é marcante a mudança na dianteira com a nova assinatura padrão dos atuais modelos da marca, representada pela grade bem maior em formato de "V" batizada de "Double V-Motion". Mas foram renovados também os faróis, que na versão Exclusive contam com iluminação full-LED e função DRL, a luz de rodagem diurna. As laterais têm menos atrativos, mas ganharam maçanetas cromadas e novas rodas aro 17, enquanto atrás, o para-choque foi redesenhado e recebeu detalhe em preto na base. Ficou legal a nova faixa reflexiva que faz uma ligação entre as lanternas com iluminação de LED.
Já bem conhecida no Kicks, a proposta do teto flutuante continua, com coluna C e teto pintados em preto com para dar a sensação de que a parte superior está descolada do restante da carroceria. Por dentro, o que gera bom impacto é a central multimídia com a nova tela de oito polegadas. O sistema é bem intuitivo, permite conectar 02 equipamentos simultaneamente via bluetooth, tem compatibilidade com Apple CarPlay e Android Auto, mas para o espelhamento do smartphone segue exigindo uso de cabo.
Inovação no sistema de som e mais segurança
Um lance interessante da versão Exclusive é o sistema de som mais elaborado, assinado pela Bose e que conta com oito alto-falantes. É um tanto curioso o esforço pelo pioneirismo no projeto de som, que traz dois dos alto-falantes instalados nas laterais do apoio de cabeça do banco do motorista.
Inovação? Bom, é diferente, mas na prática gera pouco impacto em ouvidos não tão preparados para esse refinamento. Segundo a Nissan, a proposta é garantir um efeito de som imersivo, e também uma condição que gere um efeito "360 graus".
Ponto importante mesmo neste novo Kicks é a entrada de mais equipamentos de segurança. O pacote Nissan Safety Shield - que já oferecia seis aibags e alerta de colisão frontal com frenagem automática, por exemplo - foi reforçado com a inclusão do alerta de tráfego cruzado traseiro, monitoramento de ponto cego, leitor de placas de trânsito, alerta de mudança de faixa e acendimento automático dos faróis com ajuste de altura e intensidade.
O que não mudou é o conjunto motor e câmbio, que segue com o 1.6 flex de 114 cavalos de potência e 15,5 Kgfm de torque, mais a transmissão automática CVT.
O motor não é muito forte, é verdade, mas como o SUV não é tão pesado, o resultado acaba sendo bom e não chega a tirar o prazer de guiar o Kicks. A resposta lenta do motor é mais fácil de ser notada nas situações de ultrapassagem em rodovia, não há dúvida. Em contrapartida, o Kicks compensa com boas médias de consumo. Pelos parâmetros do Inmetro, registra 11,3 km/l na cidade e 13,6 km/l na estrada com gasolina no tanque.
Ponto criticado pelos proprietários do Kicks que ainda não mudou, é a baixa autonomia por causa do tanque de combustível pequeno, de 41 litros.
SUV amigável
No final das contas, depois de um bom contato com o Kicks, você percebe que ele agrada pelo visual simpático e moderno, pelo bom pacote de equipamentos de conforto e segurança, mas também por se tratar de um SUV compacto em sua essência.
O Kicks é um carro fácil, bastante amigável no trânsito urbano. Coloque nessa conta outro item importante dessa renovação: a manutenção dos preços da linha anterior.
Um ponto positivo e que já gerou efeito, pois em abril passado, primeiro mês completo de vendas do novo modelo, a Nissan registrou crescimento de 10% na comercialização do Kicks em várias regiões do país. E é certo que ele pode sonhar com mais, a única questão é que a concorrência neste segmento é bem forte.
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