Xanddy dá 'restart' em carreira: 'Estava num piloto automático'

Xanddy, 44, estava no "piloto automático" até o lançamento do EP "Nascendo de Novo". O projeto, segundo o próprio artista, marca um "restart" na carreira solo e o coloca fora da zona de conforto conquistada durante os anos em que esteve à frente do grupo Harmonia do Samba.

O músico, que ficou nacionalmente conhecido no Carnaval de 2000, teve medo de colocar na praça um trabalho diferente daquele que o projetou. "Dá muito medo, sobretudo numa altura dessa. Eu tenho um desafio agora que é conquistar, por meio dessas músicas novas, desse momento novo, e reconquistar, de certa forma, uma parcela desse público que já me seguia durante anos", disse o cantor, em entrevista exclusiva a Splash.

O músico ressalta que a insegurança diante da mudança é algo natural. "O friozinho na barriga, ele tá sempre ali, porque não deixa de ser um novo desafio. Antes, já estava num piloto automático, eu vou dizer isso. Agora não, agora é um restart, é uma coisa que você precisa convencer novamente as pessoas do porquê dessa fase, do porquê de tudo isso. "

Xanddy vê nova fase como renascimento. "Esse projeto é o primeiro que realmente eu faço com um direcionamento mais para a carreira solo. Ele tem toda uma essência de toda a minha história, de todo conceito musical que eu sempre fiz na minha carreira, mas é o primeiro que eu diria que a gente imprime um Xanddy Harmonia."

Mudanças do mercado musical chegam como combustível. "Vim um pouco já no piloto automático, porque é a forminha do bolo. E agora não. Então rola uma cobrança. Eu diria que tenho me doado mais, querendo aprender mais. Voltando a fazer coisas que eu já fiz lá no início da carreira."

Carnaval 'inesquecível'

Xanddy ficou nacionalmente conhecido no comando do Harmonia do Samba
Xanddy ficou nacionalmente conhecido no comando do Harmonia do Samba Imagem: Reprodução/Instagram

O Carnaval de 2000 tem um lugar especial no coração de Xanddy. O músico de 44 anos contou detalhes da folia que o projetou no cenário musical brasileiro. Em entrevista exclusiva a Splash, durante o Folianópolis, o artista falou da felicidade em cantar com artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Moraes Moreira logo na estreia.

"Foi uma coisa absurda. Foi o Carnaval do ano 2000. Esse Carnaval é inesquecível. No dia seguinte, quando acordamos, na Quarta-Feira de Cinzas, todos nós éramos reconhecidos no Brasil. E não só no Brasil, em vários lugares do mundo", lembrou o músico.

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