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Halo solar encanta moradores de PE e PB; veja os mais belos registros

Halo solar fotografado em Pernambuco - Felipe Costa
Halo solar fotografado em Pernambuco Imagem: Felipe Costa

Marcella Duarte

Colaboração para Tilt, em São Paulo

14/01/2022 13h03

Moradores de Pernambuco e da Paraíba olharam para cima e foram surpreendidos durante a manhã de quinta-feira (13): havia um tipo de arco-íris em volta do Sol. Alguns ficaram assustados; outros, maravilhados. Mas é claro que tem explicação científica.

Este raro e curioso fenômeno natural chama-se halo solar. O espetáculo atmosférico durou cerca de meia hora, em cidades como Recife (PE), Olinda (PE), Campina Grande (PB) e João Pessoa (PB).

Por isso rendeu diversas fotos e vídeos, que inundaram as redes sociais. Veja alguns dos mais belos e curtidos:

O que é um halo solar?

Um halo solar é, nada mais, nada menos, do que luz. Este efeito óptico acontece naturalmente, quando os raios do Sol atravessam certas nuvens grandes e altas, em geral do tipo cirrostratus (ou cirro-estratos), que são carregadas de cristais de gelo.

Essas nuvens são como véus esbranquiçados, que cobrem grandes áreas, mas permitem a passagem de luz. O gelo, então, funciona como um prisma, dividindo a luz branca em cores (o que chamamos de dispersão). Quando o raio solar é refratado, muda de direção e de velocidade. Dependendo de seu comprimento, ganha cores primárias do espectro visível, entre o azul e o vermelho.

Tudo isso acontece na troposfera, a mais de 10 quilômetros de altitude, em geral quando há mudanças climáticas bruscas. No caso, o halo no Nordeste surgiu após ventos fortes e mais de 30 milímetros de chuva que caíram na região metropolitana do Recife.

O halo é, realmente, uma espécie de arco-íris (que, por sua vez, acontece devido à refração da luz em gotas de água depois de uma chuva), só que em formato circular, alto, e ao redor do Sol. Seu formato é resultado do tamanho e forma dos cristais de gelo, que são pequenos hexágonos.

O efeito também pode aparecer ao redor da Lua, especialmente na fase cheia, a partir do mesmo processo de refração da luz nos cristais de gelo. Mas, por estar no céu noturno, não conseguimos visualizar todas suas cores, apenas as mais claras e brilhantes.

Apesar de atípico, não há motivos para se preocupar com essa "sombra luminosa" ao redor de um astro. Diferentemente de um eclipse solar, não há riscos em observar um halo a olho nu.

Ontem, o assunto bombou e chegou aos mais comentados do Twitter (trending topics). Não há dúvidas de que este espetáculo da natureza foi um sucesso.