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Conexão VivaBem

Dicas para ajudar a cuidar do corpo, da mente e da alimentação de forma descomplicada


13 coisas que Mariana Ferrão faz para ter mais saúde e bem-estar

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Imagem: iStock

Bárbara Therrie

Colaboração para VivaBem

06/12/2021 04h00

Comandado pela jornalista Mariana Ferrão, 43, estreia na quarta-feira, dia 8 de dezembro, às 11h, a segunda temporada do Conexão VivaBem. Ao todo, serão 16 programas que abordarão temas como saúde, sono, alimentação e equilíbrio mental. O programa, que faz parte da programação do UOL no Verão 2022, será exibido toda quarta-feira no UOL e no canal do UOL no YouTube, e é produzido em parceria com MOV.

A cada semana convidados especiais e especialistas vão conversar com a Mari para ajudar você a cuidar do corpo e da mente de forma descomplicada.

Fundadora e CEO da Soul.Me, empresa que produz conteúdo sobre saúde mental e emocional para transformar a vida das pessoas, Mariana começou a cuidar da saúde e bem-estar ainda na adolescência. "Foi aos 17 anos, após um quadro grave de depressão e síndrome do pânico no qual pensei em tirar a minha própria vida algumas vezes", conta a VivaBem.

O tratamento e a adesão a um novo estilo de vida vieram após a mãe da jornalista dizer que se ela não quisesse se ajudar, ninguém poderia fazer isso por ela. Mariana decidiu se mexer, passou no psiquiatra, tomou medicação e iniciou a terapia. "A terapeuta me deu três dicas que se tornaram os pilares da minha saúde: cuidar da alimentação, dormir bem e fazer atividade física."

A seguir, Mariana conta 13 coisas que faz para ter um estilo de vida saudável:

1) Meditação

meditação - iStock - iStock
Imagem: iStock

"Comecei a meditar por acaso, aos 12 anos, ao ganhar um livro de meditação de um amigo que era dono de um sebo. Me apaixonei por aquele estado no qual eu entrava quando fazia os exercícios. Passei a entender que a meditação era um ponto de contato comigo mesma, com uma Mariana que eu não conhecia, com um mundo interno que eu não tinha acesso e fui compreendendo várias coisas ao meu respeito.

A meditação é a minha pílula diária de autoconhecimento, de decantar meus pensamentos, de dar conta das minhas emoções, de parar nos momentos em que estou com a agenda cheia para entender o que é prioridade. Acho que a meditação tem esse poder, ela me ajuda no direcionamento da minha vida."

2) Tai Chi Chuan

"Há seis meses tenho praticado Tai Chi Chuan, todas as segundas, às 7h. Tai Chi é uma arte milenar que tem como filosofia principal o relaxamento. Dessa forma, sinto que não consigo fazer nada sem estar relaxada: não consigo aprender, brincar, comer, fazer uma boa palestra.

O Tai Chi me exige muito fisicamente por causa da lentidão dos movimentos, me faz transpirar e queima minha perna como poucos agachamentos. Também é necessário uma concentração, foco e domínio sobre a minha própria mente que quer 'matar' o professor quando ele fala: 'Repete de novo'.

Durante a repetição das posturas e sequências básicas, sou capaz de diferenciar o que é um sofrimento antecipado da minha mente, do tipo: 'Não tô aguentando, vou desistir' e do que de fato eu dou conta. O Tai Chi me enraíza, e por sempre fazer às segundas, ele me dá a sensação ao longo da semana de: 'Eu consigo e posso fazer as coisas com leveza e paz'."

3) Dança

"Faço balé clássico, às quartas; e dança moderna, às sextas. O balé é um desafio porque é algo que eu não faço bem e porque me traz à memória o quanto eu achava que não era para mim quando criança por ser gordinha e ver as outras meninas magras. O balé me exige concentração, gosto disso porque faz com que eu fique ali, naquele momento, no agora, no presente, onde preciso esquecer todas as outras questões e problemas.

A dança moderna é o lugar que me traz para mim mesma, que me conecta com o meu feminino, com a minha vontade de me expressar de um jeito que, às vezes, não ocorre só através da palavra, mas da arte. Isso me traz muito bem-estar."

4) Bike e esteira durante reuniões

Esteira - iStock - iStock
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"Quando não faço as duas aulas de dança, vou para a academia e faço reuniões na bike e na esteira. Sinto que fazer reunião caminhando ou pedalando me ajuda a pensar melhor, me deixa mais concentrada e é uma forma de me manter em movimento.

Claro que não faço todas as reuniões de lá, mas usar esse tempo para pedalar, seja numa bicicleta ergométrica em casa ou na academia, é muito bom para mim. O corpo e as emoções paradas adoecem a gente. Colocar-se em movimento é botar para fora, suar, transformar, uso muito o exercício para essa finalidade."

5) Bom sono

"Por mim, dormiria quando o sol se põe, mas óbvio que não consigo. Procuro dormir cedo, no máximo, às 22h. Se passo das 22h me faz muito mal, o dia seguinte é ruim. Sou matutina, acordo entre 5h30 e 6h. Se vejo um pouco de TV no final do dia, é algo leve que não me faça ficar ligada ou com medo, prefiro uma programação mais tranquila: coloco o celular para carregar, não vejo mais mensagens, diminuo as luzes da casa, janto, tomo banho e coloco o pijama. O sono é muito importante para mim."

6) Mantras e músicas relaxantes

"Música me acalma, especialmente mantras e canções ligadas à espiritualidade. Ouço quando estou me maquiando, entre uma reunião e outra, e um pouco antes de dormir. Gosto de música no meu dia a dia, eventualmente, até coloco alguma e danço para entrar em contato com essa Mariana divertida, brincalhona que existe dentro de mim e que curte isso, mas que às vezes fica sem espaço no meio da agenda atribulada."

7) Escrever

Escrever, folha em branco - Elle Mundus/iStock - Elle Mundus/iStock
Imagem: Elle Mundus/iStock

"Um hábito que tenho como cuidado de saúde mental e emocional é escrever diariamente de várias formas: como lição de casa da terapia, poemas para mim mesma, um diário, quando estou com raiva. Adoro esse movimento de colocar para fora por meio da escrita, é o expurgo das minhas emoções, de entrar em contato com elas de uma outra maneira, de fazer com que elas se materializem em forma criativa.

Quando escrevo, dou um destino para as minhas emoções e consigo enxergá-las melhor. Isso me ajuda no processo de autoconhecimento, de manter a sanidade mental e a tranquilidade."

8) Evitar notícias ruins

"Agora que não trabalho mais com jornalismo diário, uma escolha que faço é não ver notícias, especialmente as ruins. É claro que sei o que está acontecendo e entendo o contexto do que estamos vivendo. Mas não sou aquela pessoa que fica rata de jornal lendo e que clica nas manchetes sensacionalistas que só vão me fazer ficar pensando nas histórias terríveis. Sei o quanto me faz mal e o quanto não leva a lugar algum.

Se são histórias que já aconteceram e sobre as quais a gente não pode agir, não vejo razão para ver a não ser ficar preso na angústia, ansiedade e medo. Cortei isso completamente da minha vida."

9) Sem farinha, carne e frango

Carne; comida; frango; peixe; cru - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

"Sou uma pessoa bem regrada com alimentação, ao fazer um exercício de auto-observação, percebi que alguns alimentos me faziam mal, entre eles a farinha, presente no pão. Notei que o excesso de farinha me fazia mal do ponto de vista digestivo, meu intestino não funcionava tão bem, às vezes sentia muita dor de cabeça, alterava o meu estado emocional. Praticamente eliminei a farinha da minha vida. Só como pão, por exemplo, quando estou com muita vontade, e ainda assim não é o pão francês, geralmente é um pão de fermentação natural, multigrãos, com mais fibras.

É importante ressaltar que essa questão envolvendo meus hábitos alimentares é muito individual, estou falando de mim particularmente, o que funciona e o que não funciona para mim, não quero que seja uma receita para ninguém.

Minha alimentação é voltada para aquilo que eu não desembalo, mas descasco, no máximo, cozinho ou grelho. Basicamente consiste no consumo de verduras, legumes e de peixe como fonte de proteína animal. Faz tempo que não como carne e frango por uma questão de paladar e porque minha digestão tem sido cada vez pior desses alimentos.

No café da manhã, gosto de comer omelete e frutas com gorduras boas, como o abacate. Sinto que faz bem para a minha pele, cabelo e unhas. No almoço, faço um bom prato de salada antes da comida e depois como arroz integral, feijão e filé de peixe. À noite, procuro jantar cedo, preferencialmente, entre 18h e 19h, para poder dormir cedo. Tomo uma sopa ou repito o cardápio do almoço, mas com menos legumes e sem carboidrato."

10) Respirações profundas

"Não é fácil, mas um hábito que tenho tentado instituir é fazer 3 respirações profundas antes de comer. Respira, olha para o prato e a comida. Respira, olha as cores. Respira, observa as texturas. Parece que quando fazemos isso, já comemos um pouco, conseguimos comer menos. É algo que tenho que fazer mais vezes, quando consigo, sinto que me faz bem."

11) Contato com a natureza

"Pelo menos uma vez por semana, procuro estar em contato com a natureza, seja em parques em São Paulo, em viagens no fim de semana ou observando e fazendo carinho na árvore que tem em frente à janela da minha casa.

Sinto que a natureza ensina que a vida é cíclica, que há limites, que é preciso ter resiliência e paciência porque não damos frutos todos os dias. Ela também ensina que a gente precisa de cuidados, como regar e podar. Gosto muito de usar essa observação da natureza para trazer para minha vida lições que posso aplicar, esse contato me faz bem."

12) Cultivo das relações

grupo de amigos celebração comemoração - Kampus Production/ Pexels - Kampus Production/ Pexels
Imagem: Kampus Production/ Pexels

"Alguns estudos têm mostrado que cultivar relações saudáveis é uma das coisas mais importantes se a gente quiser viver bem, bastante e de maneira feliz. Eu quero viver bem, bastante, morrer com 107 anos e ser feliz até o final.

Procuro cultivar as relações, mando mensagens carinhosas ao longo do dia, compartilho uma música que ouvi no Spotify ou envio um poema e escrevo: 'Lembrei de você'. Mando mensagens quando estou com saudades, ligo para os meus amigos que sei que estão com alguma dificuldade, pergunto como eles resolveram o problema que estavam enfrentando.

Esses pequenos gestos custam muito pouco da nossa energia, mas nos alimentam muito. Acho que precisamos cada vez mais dessa construção de vínculos, desse alimento para a nossa alma que são as nossas relações, as amizades."

13) Tempo de qualidade com os filhos

"Tenho dois filhos, o Miguel, de 8 anos; e o João, de 5. Fico com eles, converso na hora do jantar sem celular, pergunto o que eles querem fazer. Tiro esse tempo para brincar, observar, estar presente, dar atenção, me conectar a eles. Às vezes estamos em casa e, mesmo perto, estamos tão longe. Isso faz parte da minha rotina, da construção dessa relação com eles, eles são a parte mais especial da minha vida."