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Diabéticos são mais propensos a morrer por suicídio ou abuso de álcool

Tanto o diabetes tipo 1 quanto o diabetes tipo 2 colocam as pessoas em um risco elevado de eventos cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames, bem como câncer e doenças renais - Istock
Tanto o diabetes tipo 1 quanto o diabetes tipo 2 colocam as pessoas em um risco elevado de eventos cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames, bem como câncer e doenças renais Imagem: Istock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

13/10/2018 11h21

Novo estudo revela uma associação alarmante: pessoas que têm qualquer tipo de diabetes são mais propensas a morrer por suicídio, consumo abusivo de álcool ou de algum acidente.

Realizada por cientistas das Universidades de Helsinque e Tampere, e do Hospital Universitário de Helsinque, na Finlândia, a pesquisa analisou os dados de mais de 400.000 pessoas com e sem diabetes e examinou os casos de morte causados por suicídio, causas relacionadas ao álcool e acidentes. Os resultados mostraram que diabéticos tinham mais chances de morrer por essas causas do que pessoas sem a doença.

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As descobertas, publicadas na sexta-feira (12) no periódico European Journal of Endocrinology, levantam novamente a questão de saúde mental em pacientes diagnosticados com a condição. "Ter que monitorar seus níveis de glicose e injetar-se diariamente com insulina tem um enorme impacto na vida diária ; simplesmente comer, mover e dormir afetam todos os níveis de glicose no sangue", diz o professor Leo Niskanen, um dos autores do estudo.

De acordo com ele, esse problema, quando combinado com a ansiedade de desenvolver complicações sérias, como doenças cardíacas ou renais, também pode prejudicar o bem-estar psicológico.

Um estudo publicado no periódico Journal of Medicine and Life em 2016, por exemplo, descobriu que a ocorrência de depressão em pessoas com diabetes é duas a três vezes maior do que em outros indivíduos.

Niskanen afirma que as novas descobertas sugerem que as pessoas que vivem com diabetes devem receber avaliações e apoio de saúde mental mais eficazes. "Se eles sentem que estão sob um pesado fardo mental ou consideram que seu uso de álcool é excessivo, não devem hesitar em discutir essas questões com seu médico".

O próximo passo da equipe de pesquisadores é examinar os fatores de risco subjacentes ou mecanismos desse risco elevado de morte por essas causas, a fim de chegar a melhores estratégias preventivas.

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