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Droga diurética pode ser tão eficaz quanto antibióticos para tratar acne

Espironolactona pode ser mais segura que os antibióticos  - iStock
Espironolactona pode ser mais segura que os antibióticos Imagem: iStock

Do VivaBem

04/06/2018 13h45

Apesar de ser mais comum em pessoas com menos de 18 anos, a acne também afeta adultos e pode levar a problemas que vão muito além da estética. Os antibióticos orais são o tratamento mais comum, mas um novo estudo sugere que a droga diurética espironolactona pode ser tão eficaz quanto esses medicamentos para o tratamento de acne em mulheres.

Realizado por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e publicado no periódico Journal of Drugs and Dermatology, o estudo descobriu que a espironolactona, comercializada sob o nome aldactone, bloqueia os efeitos dos hormônios masculinos --o que significa que não é uma opção para tratar a acne nos homens. No entanto, esses mesmos efeitos anti-hormonais podem ajudar a prevenir surtos de acne em mulheres

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Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores compararam dados de 6.684 mulheres que tomaram espironolactona com 31.614 que receberam prescrição de antibióticos. Dentro de um ano, 14,4% das pacientes com espironolactona e 13,4% das pacientes com antibióticos tinham mudado para tratamentos alternativos, sugerindo que cada tratamento funcionou praticamente na mesma taxa, apesar do fato de que os antibióticos são prescritos cinco vezes mais frequentemente.

"Esses números sugerem que os dermatologistas devem considerar a espironolactona primeiro em vez de antibióticos quando se trata de mulheres com acne", diz o principal autor do estudo, John S. Barbieri. O pesquisador ainda aponta vários estudos mostrando que o uso de antibióticos orais a longo prazo pode estar associado à resistência a esses medicamentos, lúpus, doença inflamatória intestinal e até mesmo câncer de cólon e de mama.

"Isso indica que a espironolactona pode ter um melhor perfil de segurança do que os antibióticos orais, outro fator que a torna uma opção tão atraente", diz Barbieri. Segundo o pesquisador, os resultados são animadores, mas devem ser confirmados por outra pesquisa controlada, que compare diretamente as duas opções de tratamento.

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