"Não podemos normalizar a dor no sexo", diz criadora do "Vagina Sem Neura"
No segundo painel do evento Dia V, promovido por Universa com patrocínio de Bayer, realizado nesta quinta-feira (22), a fisioterapeuta pélvica Ana Gehring, do Vagina Sem Neura, falou sobre uma das queixas mais comuns entre suas pacientes: a de sentir dores durante a relação sexual. Segundo ela, muitas mulheres costumavam conversar com seus ginecologistas sobre este assunto sem encontrar o real motivo para os desconfortos.
No painel "Sexo, autonomia e escolhas: onde começa ou deveria começar a liberdade", mediado por Mayumi Sato, colunista de Universa, Ana Gehring falou sobre o tema o lado da terapeuta e educadora sexual Ana Canosa e de Yasmine Sterea, empreendedora social e CEO do Free Free.
"Elas viam que anatomicamente estava tudo certo: não havia endometriose, mioma, nada que estivesse machucando. Mas não se tinha essa visão da tensão da musculatura íntima. Da mesma forma que os ombros tensionam e que podemos desenvolver bruxismo por conta da tensão do maxilar, a vagina também pode se tensionar quando estamos diante de uma situação de estresse", explica a fisioterapeuta pélvica. Porém há casos em que as recomendações, nos consultórios, são apenas de que as mulheres "relaxem" ou passem a usar um lubrificante.
Como exemplo de como a dor é normalizada, Ana citou a primeira relação sexual feminina. "Quantas de nós já não morremos de medo por causa do hímen, do sangramento? Temos uma série de neuras com relação a nossa sexualidade", relembrou. Por isso ela incentiva mulheres de diferentes idades a identificarem a origem de suas dores durante as relações sexuais e a aliarem tratamentos psicológicos com exercícios íntimos para diminuir a tensão da região. "Dor no sexo não é normal e ninguém precisa passar por isso", reforçou.
:: DIA V, UNIVERSA ::
Entre os dias 22 e 23 de outubro, Universa apresenta o evento Dia V, uma série de painéis sobre saúde e sexualidade femininas. Realizado em ambiente 100% digital, o Dia V, que tem o patrocínio de Bayer, reune 18 mulheres, de diversas especialidades, para debater ciclos femininos, autoconhecimento íntimo, autonomia e liberdade sexual e anormalidades que demandam avaliações médicas, mas que nem sempre são encaradas como problema.
Quinta-feira (22), 10h
"Segredo, solidão, tabu: da menarca a menopausa"
Mediação: Lia Rizzo, jornalista e curadora do Festival Dia V
Participações: Mc Soffia
Kamilah Pimentel, mãe e empresária de Mc Soffia
Isabela Correia, ginecologista e obstetra
Taciana Fortunati, terapeuta menstrual
11h
"Sexo, autonomia e escolhas: onde começa ou deveria começar a liberdade"
Mediação: Mayumi Sato, CMO da Sexlog e colunista do UOL
Participações: Ana Canosa, terapeuta e educadora sexual
Ana Gehring, fisioterapeuta pélvica e criadora do perfil Vagina sem Neura
Yasmine Sterea, empreendedora social e CEO do Free Free
Sexta-feira (23), 10h
"A era do autocuidado íntimo: um papo sobre autoconhecimento e minimalismo"
Mediação: Camila Brandalise, repórter de Universa
Andrea Menezes, ginecologista e obstetra
Isabel Dias, escritora
Laura Della Negra, fisioterapeuta especializada em assoalho pélvico
11h
"Ser mulher dói? Não é normal se sentir mal!"
Mediação: Bárbara dos Anjos Lima, editora de Universa
Participações: Bruna Rocha, vice-presidente da ONG CDD
Thais Emy Ushikusa, ginecologista e gerente médica de saúde feminina da Bayer
Vivi Duarte, CEO da Plano Feminino
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