8 atrações da Netflix que ajudam a entender melhor a depressão
Desde 2015, existe a campanha "Setembro Amarelo", Criada em 2015 conjuntamente pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) e pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), o objetivo é chamar a atenção para a prevenção do suicídio, cujo dia mundial é lembrado todo 10/9. O tema, espinhoso mas importante de ser abordado, tem tudo a ver com a depressão, doença mental silenciosa e perigosa que, quando não tratada do jeito certo, pode ser fatal. Embora seja um problema cujos índices mundiais têm aumentado significativamente nos últimos anos, a depressão nem sempre é algo fácil de entender ou identificar. Por essa razão, vários especialistas recomendam a ficção como recurso para pelo menos começar a compreendê-la. Universa selecionou algumas atrações que, em linguagens que vão do humor ao horror, abordam a questão:
"Se Enlouquecer, Não se Apaixone" (2010)
Com direção de Ryan Fleck e Anna Boden, essa comédia de humor negro conta a história do adolescente estressado Craig (Keir Gilchrist). Após quase pular da ponte do Brooklyn, em Nova York, ele procura ajuda em um hospital e acaba internado na ala psiquiátrica dos adultos. Lá, recebe a ajuda de Bobby (Zach Galifianakis) e se apaixona por Noelle (Emma Roberts). Um dos pontos altos do filme é tratar a depressão como uma doença que pode atacar qualquer pessoa, independentemente do quão regular seja sua vida.
"The Fundamentals of Caring" (2016)
A produção original da Netflix, dirigida por Rob Burnett, mostra como o exercício da empatia pode ser fundamental (entre outros fatores, claro) para ajudar a lidar com a depressão. Após sofrer uma perda trágica, o escritor Ben (Paul Rudd) perdeu o rumo. Na tentativa de encontrar algum sentido, resolve tornar-se cuidador pessoal. Seu primeiro paciente é Trevor (Craig Roberts), um adolescente de 18 anos com distrofia muscular e um senso de ironia afiadíssimo. Trevor nunca sai de casa, mas é convencido por Ben a partir para uma viagem e ver de perto um lugar curioso, o buraco mais profundo do mundo. A jornada não sai conforme o esperado, o que acaba sendo ótimo para ambos.
"Not Alone" (2017)
Trata-se de um documentário com roteiro e direção de Jacqueline Monetta e Kiki Goshay. O mote é a perda de Jacquline, 18 anos, cuja melhor amiga se suicidou aos 16. Para compreender melhor o que motivou a garota a tomar uma atitude tão radical, ela entrevistou vários jovens. Nas conversas intimistas que são mostradas para o público, foram abordados temas como depressão, ansiedade, automutilação, tentativas de suicídio etc. A produção tomou o cuidado de avisar, a cada história, que as doenças mentais podem e devem ser tratadas.
"Foi Apenas um Sonho" (2008)
Sob direção de Sam Mendes, mestre em retratar as nuances do chamado "sonho americano", o longa se passa nos anos 1950 e conta a história de Frank (Leonardo DiCaprio) e April (Kate Winslet). Em princípio, os dois formam um casal feliz e idealista, que despreza a rotina suburbana e se gabam de serem autênticos. À medida que o tempo passa, porém, Frank se consome em um emprego medíocre e April leva um dia a dia monótono de dona de casa. Para espantar a depressão que vem destruindo os dois e o relacionamento, April propõe que recomecem a vida em Paris, plano que só vai causar mais desilusão.
"Divertida Mente" (2015)
Com um enredo complexo, mas compreensível para as crianças, essa animação da Pixar também apresenta lições cruciais para o público adulto. Através da história de Riley, uma garotinha de 11 anos que enfrenta mudanças importantes em sua rotina, "Divertida Mente" mostra como a alegria e a tristeza são igualmente importantes para que existe equilíbrio em nossa existência. Quando Riley se vê livre das duas emoções, o que lhe sobra é um estado de extrema apatia. Direção: Pete Docter.
"13 Reasons Why" (2017/2018)
Com duas temporadas, a controversa série adolescente criada por Brian Yorkey e produzida pela popstar Selena Gomez já foi acusada de glamourizar o suicídio e de mostrar cenas pesadas de bullying e estupro para um público vulnerável e em formação. Por outro lado, há estudos como um da Universidade Northwestern (EUA) que apontam que o seriado, por mais cru que seja, abriu espaço para conversas difíceis, porém necessárias, entre pais e filhos. O mote da primeira temporada é a sucessão de fatos que desencadearam a depressão e o suicídio de Hannah Baker (Katherine Langford), enquanto a segunda mostra os desdobramentos —inclusive legais— de sua decisão.
"O Babadook" (2014)
A história de terror dirigida por Jennifer Kent rende várias interpretações, sendo que a maioria delas resvala em metáforas sobre o que é ser mãe. Além de tratar das diversas perdas que a decisão de ter um filho impõe à vida da mulher, "O Babadook" aborda o espinhoso tema da solidão materna e os impactos de uma depressão pós-parto não tratada. Na história, o filho pequeno de Amelia (Essie Davis) é amedrontado por um monstro de um livro infantil, causando transformações no dia a dia da mãe.
"O Mínimo para Viver" (2017)
O enredo fala da falta de esperança e de perspectivas de Ellen (Lily Collins), em depressão por conta de um distúrbio alimentar sério, a anorexia. Ao encontrar um médico pouco convencional, dr. William Beckham (Keanu Reeves) e outros jovens problemáticos, ela passa a encarar o futuro com mais otimismo. Sob a direção de Marti Noxon, o filme se destaca por mostrar como a depressão pode surgir associada à outras doenças - e como é essencial tratar o quadro de maneira abrangente.
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