Estudo relaciona exposição ao mercúrio antes do nascimento a déficit de atenção e hiperatividade
Um novo estudo sugere que a exposição ao mercúrio antes do nascimento está associada a sintomas de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Mas quanto mais a gestante consome peixe, que é uma fonte de mercúrio, menor a probabilidade de o bebê ter esses sintomas.
Essa descoberta aparentemente paradoxal foi publicada online no periódico Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine e provém de uma análise de 607 crianças nascidas entre 1993 e 1998. Os pesquisadores analisaram dados sobre a quantidade de mercúrio presente no cabelo das mães, e os compararam a registros de dieta. As crianças foram submetidas a exames neuropsicológicos aos 7 e 10 anos.
Após levar em conta a ingestão de peixe e muitos outros fatores, os cientistas descobriram uma associação entre os diversos comportamentos relacionados ao TDAH e níveis de mercúrio superiores a 1 micrograma por grama nas amostras de cabelo maternas.
Junto a isso, os cientistas descobriram, após adequar os níveis de mercúrio, que as mães que ingeriram mais de duas porções de peixe por semana – quantidade maior que os 340 gramas sugeridos pelo governo americano – estavam menos propensas a terem filhos com comportamentos relacionados ao TDAH.
"Todos os peixes possuem alguma quantidade de mercúrio, mas os níveis diferem bastante", afirmou a principal autora do estudo Sharon K. Sagiv, professora adjunta da Universidade de Boston.
As descobertas podem parecer contraditórias, afirmou, mas "enfatizam um assunto de saúde pública importante: comer peixe faz bem, mas não peixe que contenha níveis altos de mercúrio".
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