Análise: Miscelânea de estilos confunde desfile de Victor Dzenk

Uma miscelânea de estilos e referências deixou confuso e sem unidade o desfile apresentado por Victor Dzenk nesta quarta (15), no Fashion Rio.



O estilista começou por apresentar peças com bastante influêcia étnica, marcado por saias rodadas e peças bordadas.



Aí a coleção misturou looks tão díspares quanto um vestido verde rodado, estilo folclórico, de barra bordada, com um roupão branco, criado exclusivamente para a marca Lush, vestido pela top Ana Claudia Michels, e vestidos de musseline, em estilo grego.



Depois vieram looks mais "menininha", com vestidos com gola arredondada, tipo boneca, vestidos de algodão bordado, saias rodadas e vestidos de manga bufante.



Esse look mais ingênuo evoluía para ema bailarina dark, com máscara de carnaval de veneziano.



Nessa parte do desfile, Dzenk apresentou ainda corselets de algodão e anquinhas de tule que traziam um ar belle-epoque.



Isoladamente, os look traziam peças muito boas, como os pequenos boleros e coletes, as camisas com mangas bufantes, os shorts com pregas e as saias bordadas. As bolsas, em fora de saquinhos bordados, também se sobressaíam.



As peças primam também pelo cuidado com os trabalhos artesanais, nos detalhes e bordados.



No conjunto, porém, o desfile denota uma indecisão: afinal de que trata a coleção?



A escolha é um fator importante na apresentação de um desfile. Ela determina um ponto de vista do estilista com relação à sua coleção. Um desfile que atira para todos os lados, ao invés de demonstrar a versatilidade do criador, acaba por demonstrar insegurança. Leia também|Victor Dzenk coloca "bela adormecida" em banco de parque na passarela |http://moda.uol.com.br/ultnot/2005/06/15/ult2976u11.jhtm|Balanço do segundo dia de desfiles no Fashion Rio|http://moda.uol.com.br/ultnot/2005/06/16/ult2976u23.jhtm