Zezé Di Camargo ironiza críticas à sua voz: 'Não tá aqui, mas tá na Globo'

Zezé di Camargo, 61, rebate as críticas que sofre na internet por causa da sua voz, em entrevista a Splash nos bastidores da Festa do Peão de Barretos 2023.

Fico rindo. Lanço música e faço shows. Sabe aquele ditado: 'os cães ladram e a caravana passa'. Vejo que não é só comigo. São pessoas frustradas. Ir pra internet e se preocupar com a vida do outro é porque ela não tem vida.

Zezé também comenta sobre a turnê Amigos, em que se apresenta ao lado de Chitãozinho e Xororó, Leonardo e Luciano. O show do dia 2 de dezembro, que acontece no Allianz Parque, será gravado e transmitido como especial de fim de ano da Globo. A informação foi confirmada pelo cantor. Procurada por Splash, Globo não se manifestou até a publicação deste texto.

"Tive essa informação, não sei se até lá muda alguma coisa. Se for verdade, se isso acontecer, é maravilhoso", diz Zezé, que aproveita para provocar os que criticam sua performance vocal. "Está aí mais uma prova para aqueles que falam que a voz não está aí, né? Não está aqui, mas está na Globo. Deixa eles morderem a língua."

O sertanejo começou a ter problemas com a voz há quase 14 anos. Ele tinha um cisto congênito em uma corda vocal, que rompeu. O líquido do cisto se dissolveu dentro da corda, criando uma aderência em toda a mucosa. Em 2008, Zezé fez uma cirurgia delicada nas suas cordas vocais para tratar essa aderência.

Questionado sobre o desafio de manter a dupla com o irmão Luciano unida mesmo após 32 anos de carreira, ele responde que é "constante". "Muita batalha, o tempo todo estar brigando pelo melhor, pra gente, se reinventando a cada momento. Uma briga constante, não é fácil, mas se você tiver uma cabeça boa, boa assessoria, profissionais competentes, trabalhando ao seu redor, fica bem mais fácil tocar essa história."

Zezé ainda revela como se sente ao ver a nova geração do sertanejo e relembrou das críticas que sofreu ao lado do irmão Luciano quando surgiram como dupla em 1990. "Me sinto o vovô deles. Fico feliz ao ver que a música sertaneja continua com muita força."

Segundo o cantor, ele e o irmão eram chamados de "New Sertanejo" e sofriam críticas de especialistas por não "representarem o estilo musical", mas a visão mudou com o tempo quando perceberam seu conhecimento sobre a cultura sertaneja. "Perguntavam de Tião Carreiro e Pardinho, Zico e Zeca, Cascatinha e Inhada, e eu sabia de tudo."

Aí você chega nessa meninada, que está fazendo sucesso de 10, 15 anos para cá, toca no assunto e eles citam Zezé e Luciano, Chitãozinho e Xororó, Milionário e José Rico. A vida é assim, são ciclos que acontecem, e que bom. Temos uma árvore frondosa e debaixo da gente começa a brotar novas árvores, para quando não estivermos mais aqui, essas árvores possam fazer sombras pras outras que estão vindo. É o ciclo da vida.

Continua após a publicidade

*Splash viajou a convite do evento

Deixe seu comentário

Só para assinantes