Furacão assola Barueri e assume o topo do Brasileirão

Sim, o Palmeiras tinha mais a bola e o Furacão era mais perigoso em embate interessantíssimo entre Abel Ferreira e Cuca.

Aí, quem contra-atacou foi o Palmeiras, Rony viu Bento crescer para cima dele, pegou o rebote e deu para Endrick driblar e ser derrubado pelo goleiro em pênalti que Rapahel Veiga bateu forte e no canto, para extraordinária defesa do arqueiro paranaense, aos 49 minutos.

Mais que nunca o 0 a 0 parecia definitivo.

Só parecia.

Endrick fez falta, levou cartão amarelo, está suspenso do próximo jogo e Pablo, aos 54, bateu forte em bola desviada na barreira para matar Weverton: 1 a 0!

Dizer que não era justo seria injustiça.

Para o segundo tempo não haveria por que mudar e, de fato, ninguém mudou.

E o alviverde começou com fogo nas ventas, com belas jogadas de novo de Estêvão e de Endrick, endiabrados.

Mas, também novamente, quem primeiro teve de fazer defesa difícil foi Weverton, em chute de Nikão, aos 9.

Aos 11, Abel chamou Flaco López e Lázaro para jogarem nos lugares de Luan e Rony.

Cuca respondeu com Madson e Zé Vitor nos lugares de Leo Godoy e Zapelli.

O jogo de xadrez entre os treinadores prosseguia.

Aos 13, roubada de bola atleticana por Cuello, bola em Nikão e de volta no argentino pela direita, bola cruzada rasteira por ele e Gustavo Gómez, ao tentar cortar, manda contra o próprio gol: 2 a 0!

Canobbio no jogo no lugar de Nikão, aos 15.

O Palmeiras tinha uma enorme montanha para subir e teria o risco de ser varrido pelo Furacão.

Richard Rios e Luis Guilherme dentro, Estêvão e Menino fora, aos 19.

Por falta em Endrick, Esquivel levou o segundo cartão amarelo e foi expulso com rigor demasiado do assoprador de apito, aos 22, abrindo uma fresta de esperança verde.

Aos 25, Bento compareceu novamente com bela defesa em arremate de Lázaro.

Para diminuir o prejuízo da expulsão, Cuca lançou mão de Fernando e Julimar, nos lugares de Pablo e Cuello.

Richard Rios cabeceia no cocoruto do travessão, aos 28.

Mas o Furacão estava mais Furacão do que nunca e Canobbio fez o 3 a 0 de cabeça, embora em impedimento, corretamente flagrado pelo VAR, aos 30.

Diga-se: o Palmeiras não jogava mal e o Athletico jogava muito bem, futebol de candidato ao título e de líder do Brasileirão.

Uma dura dividida entre Fernandinho e Raphael Veiga resultou em vermelho para o palmeirense que o VAR transformou em amarelos para ambos.

Fernandinho está suspenso, assim como Endrick, Flaco López e Mayke.

Zé Rafael trocado por Rômulo, como última providência de Abel.

A defesa rubro-negra se virava como poderia diante de 12 mil torcedores que seriam mais de 40 mil se o jogo fosse na verdadeira casa verde, renda revertida às vítimas das enchentes.

Por ironia, os dois times de gramados artificiais jogavam em um natural, em ótimo estado.

Aos 46, em mais um contra-ataque, Julimar fez Weverton se virar.

O resultado merece entusiasmo por parte dos atleticanos e crítica alguma dos palmeirenses — a não ser dos chatos e arrogantes que acham que seus times não podem perder nunca.

Destaque especial para Fernandinho que despertaria admiração de Pep Guardiola, com quem trabalhou no Manchester City.

Jogou bem demais, em todas as partes do campo e por mais de 100 minutos, aos 39 anos.