Em tempo de fadiga de heróis, novo Superman põe futuro da DC em jogo

James Gunn escolheu. David Corenswet e Rachel Brosnahan serão Clark Kent e Lois Lane em "Superman: Legacy". O filme vai abrir um novo caminho para o Universo DC nos cinemas e, por isso, todos os olhos voltam-se para a escolha dos personagens principais.

Há outros a serem escalados além de Clark e Lois, como Lex Luthor e a equipe de heróis The Authority, que vai estrear no filme antes de partir em uma aventura própria. O longa tem lançamento previsto para julho de 2025, e vai reiniciar o universo compartilhado da DC Comics no cinema, após o universo desenhado por Zack Snyder se ruir e dividir fãs e a bilheteria.

Relacionadas

'Não precisa ser fã para gostar': Gunn e Cena dão detalhes de 'Pacificador'

Como Pratt e atores de 'Guardiões' resgataram a carreira de James Gunn

David Corenswet, de 'Pearl', é escalado para estrelar novo Superman

"Superman: Legacy" será o primeiro filme da DC a integrar o novo universo arquitetado por James Gunn e pelo produtor Peter Safran. O diretor de "Guardiões da Galáxia" e de "O Esquadrão Suicida" pretende iniciar as filmagens no começo de 2024, e este é apenas o primeiro de uma série de projetos que incluem uma série animada, um spin-off de "Pacificador", uma série dos Lanternas Verdes, uma sequência de Batman com Robert Pattinson, um novo Batman que será parte do Universo DC (DCU), um filme da Supergirl e um drama político ambientado em Themyscira, entre outros.

Por isso, "Superman: Legacy" vai definir o tom que será dado aos próximos projetos dessa empreitada. Para Gunn, a grande dificuldade antes de aceitar o desafio era encontrar uma forma de fazer algo diferente de todos os outros filmes do Super-Homem, mas que ao mesmo tempo respeitasse o que já foi para as telas.

Em entrevista ao site The Hollywood Reporter, o diretor adiantou que o filme não será uma comédia e que o personagem não terá os trejeitos peculiares e irônicos de outros personagens já desenhados por ele, como os próprios Guardiões e o Pacificador (John Cena).

Recentes fracassos de bilheteria colocam mais pressão sobre Gunn e Safran. Filmes como "Adão Negro", "Shazam! Fúria dos Deuses" e "The Flash" performaram ou estão performando abaixo do esperado, o que acarreta prejuízos financeiros para a Warner Bros. Discovery e adiciona mais expectativa sobre o reinício do universo compartilhado.

Para a produtora, será importante que os filmes tenham boa recepção da audiência e que despertem interesse. Para isso, é muito provável que Gunn use um tom mais leve e, por consequência, menos sombrio. Isso distanciaria os filmes do projeto de Zack Snyder.

Para David Corenswet e Rachel Brosnahan, a escalação é um momento de ruptura na carreira. O ator ficou conhecido quando integrou o elenco da série "The Politician", da Netflix, e depois participou de "Hollywood", "We Own This City" (HBO) e do filme "Pearl". Já Brosnahan é conhecida por interpretar a protagonista de "The Marvelous Mrs. Maisel", papel pelo qual já venceu o Emmy e o Globo de Ouro.

Enquanto os atores Nicholas Hoult e Tom Brittney também estiveram na disputa para interpretar Clark Kent, resta agora saber quem vai assumir o papel do principal antagonista. Muitos apostam em Hoult, que já foi cotado para interpretar o Batman que ficou com Robert Pattinson e interpretou o Fera em "X-Men: Primeira Classe" e "Dias de um Futuro Esquecido". De qualquer forma, a aposta é alta, e as expectativas, enormes. Será que, a esta altura, com tantos filmes de heróis, ainda resta fôlego para tantos projetos?