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Gay, de direita e ex-membro do MBL: quem é o âncora punido pela Jovem Pan

Colaboração para Splash

14/12/2022 08h58Atualizada em 14/12/2022 15h34

Tiago Pavinatto, afastado pela Jovem Pan da apresentação do programa "Linha de Frente" após ter debochado durante a transmissão do discurso de Alexandre de Moraes na diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente eleito, está na emissora desde junho deste ano.

Ele, que é professor, doutor, mestre e graduado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo do Largo São Francisco (USP), também já foi colunista do jornal Estado de S. Paulo e faz parte do elenco da série "Investigação Criminal: Crimes Perversos", do AXN Brasil e disponível na Amazon Prime.

"Antifilósofo da estupidez"

No Instagram, onde acumula mais de 160 mil seguidores, Pavinatto se descreve como "antifilósofo da estupidez". Em publicação de outubro, o próprio se definiu como gay e de direita.

Quando era arriscado ser gay, assumi. Quando ser gay era cool, me assumi de direita. Quando a direita tomou conta, tornei-me centro. E com a esquerda na moda, voltei à direita. Percebam que, mesmo assim, nunca deixei de ser quem sou. Nunca deixei, todavia, me levar pela maioria que, nos tempos de euforia, perdeu-se e se extremou.

Autor e professor

Além de ser apresentador e comentarista da Jovem Pan e de participar da série "Investigação Criminal: Crimes Perversos", Tiago Pavinatto tem livros publicados e ministra cursos — online e presenciais — no Instituto Roccasecca, onde também é diretor-fundador.

Ele foi coautor de "Direito eleitoral contemporâneo" (2018), e lançou o próprio livro, "A condição do fanático religioso", em 2019.

No LinkedIn, ele também diz ter fundado, em 2006, do Diversidade Tucana — primeiro diretório político-partidário LGBTQIAP+ do país.

Candidato a vereador

Em 2020, Pavinatto tentou se eleger vereador da cidade de São Paulo pelo partido Patriota. Na ocasião, teve 3.298 votos nominais e ficou como suplente do cargo.

Em abril do ano passado, Tiago Pavinatto, que foi membro do Movimento Brasil Livre (MBL), chegou a declarar seu voto em Lula em publicação no Twitter.

"Nunca gostei, pessoal e politicamente, do Lula... nem quando advoguei pra família Lula da Silva. Nunca votei no PT e continuo não gostando do Lula, mas já declaro meu voto do ano que vem: Lula. Só não votarei nele se duas situações improváveis acontecerem: Temer ou FHC candidatos", escreveu.