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Jovens são barrados em shows do GP Week após confusão com meia-entrada

A banda The Killers era uma das atrações principais do festival de música, em São Paulo  - Reprodução/Instagram/@TheKillers/Twitter
A banda The Killers era uma das atrações principais do festival de música, em São Paulo Imagem: Reprodução/Instagram/@TheKillers/Twitter

De Splash, em São Paulo

12/11/2022 22h14

Dezenas de pessoas foram barradas em shows do GP Week, festival realizado neste sábado (12), no Allianz Parque, em São Paulo, sob a alegação que teriam comprado ingressos de meia-entrada na categoria errada. Nomes como The Killers e Twenty One Pilots estavam na programação do evento.

A Eventim, empresa responsável pela venda das entradas, disponibiliza modalidades de meia em seu site, sendo a meia-entrada, destinada a estudantes e professores e outras duas categorias, voltadas a idosos e pessoas com deficiência. Segundo funcionários da entrada do evento, estudantes com ingressos cuja descrição era "outras meias" não poderiam entrar, mesmo com a carteira de estudante e teriam que complementar o ingresso para adquirir um ingresso de entrada inteira.

Estudantes ouvidos por Splash, no entanto, acusam a empresa de erro na emissão dos ingressos de 1º lote e relatam despreparo dos funcionários no atendimento. Eles apontam que a empresa já estava preparada para cobrar a diferença de valor por meio de placas com QR Code espalhadas pelo local.

O estudante Leonardo conta que foi impedido de entrar para assistir aos shows e que viu um grupo grande de pessoas na mesma situação.

"Não só eu, mais de 100 pessoas, eu diria. Eu não tenho essa estimativa exata, mas eram muitas pessoas que foram barradas com o argumento de que a meia adquirida no site foi da categoria errada. Foi das categorias idoso/PCD e não estudante", disse.

No caso de Bruno Latanze, ele nega ter comprado entrada em categoria distinta da de estudante, mas a descrição do ticket apontava "outras meias" mesmo assim. "Estão falando aqui com a gente que outras meias são apenas para professores e que teremos que complementar [o valor]. Eu comprei como estudante. Se é erro no ingresso, não é problema meu. Eles que se resolvam."

Até o momento, não há informações oficiais se a entrada foi liberada ao longo da noite ou de quantos consumidores optaram pelo pagamento do complemento para ter acesso ao festival, que tinha por objetivo "celebrar a conexão da música com o esporte".

Procurado pela reportagem, o atendimento da Eventim não retornou o contato até o momento. Este conteúdo será atualizado tão logo haja manifestação por parte da empresa.

Sem novidades?

Os estudantes dizem que não é a primeira vez que este tipo de situação é registrados em eventos do gênero promovidos pela Eventim, apontando relatos semelhantes no festival Primavera Sounds, no último fim de semana, e em uma apresentação de Demi Lovato, em agosto, ambas em São Paulo.

A estudante Amanda Cristina, que também foi barrada no GP Week, falou que também teve uma experiência ruim no show de Demi. "Não é a primeira vez. Na Demi Lovato, aconteceu a mesma coisa. O pessoal veio e ficou reclamando que saiu como 'outras meias'. Mês que vem, para o show do Harry Styles, já tem muita gente reclamando que está saindo como 'outras meias'".