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Garcia diz entender 'reação desesperada' de Jefferson após granadas e tiros

Alexandre Garcia diz que, ao atirar contra policiais, Roberto Jefferson "resistiu a uma ordem ilegal e inconstitucional" - Reprodução/YouTube
Alexandre Garcia diz que, ao atirar contra policiais, Roberto Jefferson 'resistiu a uma ordem ilegal e inconstitucional' Imagem: Reprodução/YouTube

De Splash, em São Paulo

24/10/2022 15h06

O colunista da Jovem Pan News Alexandre Garcia manifestou hoje na emissora o seu apoio ao ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), que ontem atirou contra agentes da Polícia Federal que cumpriam uma decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes de prendê-lo em sua casa.

"Olha, ele resistiu a uma ordem ilegal e inconstitucional, todo mundo sabe. Pobre Polícia Federal que tem que cumprir esse tipo de ordem de prisão", disse.

"Todo mundo sabe, só que houve a passividade do Senado, responsável por isso também por causa do senhor Rodrigo Pacheco, que sentou-se em cima de requerimentos de senadores que poderiam ter cortado o mal pela raiz. É um inquérito sem Ministério Público, em que o próprio interessado é envolvido, isso é absolutamente ilegal em termos jurídicos. E foi em frente, e está aí até hoje. E a consequência foi essa reação."

Alexandre Garcia descreveu Roberto Jefferson como "o homem que revelou o Mensalão sacrificando-se, porque ele mesmo estava envolvido, e abriu uma caixa de Pandora da corrupção daquela época".

Ele comentou que "discorda-se totalmente dos termos usados em relação à ministra Cármen Lúcia", sobre quem Roberto Jefferson disse: "Lembra mesmo aquelas prostitutas, aquelas vagabundas, arrombad*s, né? Aí que viram para o cara diz: 'E, benzinho, no rabinh*, nunca dei o rabinh*, pela primeira vez. É a primeira vez'. Ela fez pela primeira vez, ela abriu mão da inconstitucionalidade pela primeira vez. Ela diz assim: 'é inconstitucional, censura prévia é contra a súmula do Supremo', mas é só dessa vez, benzinho. Bruxa de Blair".

Apesar de dizer discordar dos termos, Alexandre Garcia fez uma ressalva: "Mas compreende-se também o tipo de reação desesperada desse homem que já havia sido preso ilegalmente".

"Ele sequer está sob jurisdição do Supremo, ele não tem foro privilegiado. Está tudo ilegal. Como eu disse, graças ao Senado, o mal não foi cortado pela raiz e avolumou-se. Vai ter que ser resolvido pelo novo Senado, que assume em fevereiro."