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Musical sobre relação de Diana com realeza foi considerado o pior do ano

A atriz Judy Kaye viveu a rainha Elizabeth 2ª em "Diana: O Musical" e ganhou o prêmio de pior atriz coadjuvante - Divulgação/ Netflix
A atriz Judy Kaye viveu a rainha Elizabeth 2ª em 'Diana: O Musical' e ganhou o prêmio de pior atriz coadjuvante Imagem: Divulgação/ Netflix

De Splash, em São Paulo

09/09/2022 16h44

A vida de Elizabeth 2ª, morta na última quinta-feira, foi bastante explorada em filmes, séries, livros e peças de teatro. Algumas dessas produções ganharam destaque pela qualidade, como a premiada "The Crown", da Netflix. No entanto, nem sempre os títulos são celebrados por serem bons.

Em 2021, a mesma Netflix lançou "Diana: O Musical", um espetáculo da Broadway filmado sem a plateia, em Nova York. O musical chegou a ter poucas pré-estreias antes dos teatros serem fechados em decorrência da pandemia do coronavírus. A plataforma de streaming deu aos produtores a possibilidade de compartilhar com o público o que eles consideravam algo grandioso. Não foi o que aconteceu.

A narrativa, que conta a história da princesa Diana e sua convivência com a rainha Elizabeth 2ª e a família real, foi considerada por críticos especializados em teatro musical como "um desastre".

O Rotten Tomatoes — prestigiado agregador online de notas de filmes — indica que "Diana: O Musical" conta com apenas 12% de aprovação da crítica e 32% da audiência. Além disso, o título foi o grande "vencedor" do Framboesa de Ouro de 2021, premiação para os piores filmes do ano.

A produção conseguiu a proeza de ganhar em cinco categorias: pior filme, pior atriz, pior atriz coadjuvante e pior roteiro.

'Diana: O Musical' foi considerado o pior filme de 2021 - Divulgação/ Netflix - Divulgação/ Netflix
'Diana: O Musical' foi considerado o pior filme de 2021
Imagem: Divulgação/ Netflix

A intérprete de Diana, Jeanna de Waal, teve a sua atuação massacrada pela crítica, mas a atriz que viveu a rainha Elizabeth 2ª não ficou para trás. Judy Kaye levou para casa o prêmio de pior coadjuvante, pois sua caracterização na trama foi considerada caricata, assim como a de Charles e Camila Parker Bowles. Na história, os três são tratados como vilões perversos.

Criado pela dupla David Bryan e Joe DiPietro, famosos por também serem responsáveis pelo celebrado "Memphis", "Diana: O Musical" acumula críticas em seus diferentes aspectos, desde o sotaque americano da protagonista, que é um dos maiores símbolos da história britânica, como também pelas letras bastante problemáticas.

Em dado momento, o personagem de príncipe Charles - agora rei Charles III - diz à princesa: "stop being a martyr, why can't you be smarter?", algo como "para de ser um mártir, por que você não pode ser mais inteligente?". Outra sequência traz a protagonista dizendo: "Harry, my ginger-haired son, you'll always be second to none"; em português: "Harry, meu filho de cabelos ruivos, você nunca será segundo de ninguém".

Por não se tratar de uma paródia, críticos especializados e fãs da família real reprovaram um musical que lida de maneira considerada leviana com assuntos tão sérios para a coroa britânica. A produção é acusada de ter se inspirado nos tabloides que exploravam a vida da família real pela audiência, e não em fatos verdadeiros e comprovados.