'Eu mesmo não comprava': Quem é o 'vendedor sincero' que faz sucesso no RJ
"Caiu no chão, quebra! Eu mesmo não comprava". É assim que Evandro Silva, 26, morador de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, fez sucesso na internet como o "Vendedor Sincero". Ele se aproxima dos clientes falando mal dos próprios produtos e, ainda assim, consegue ganhar a simpatia deles - e da internet.
Fenômeno no TikTok, com mais de 252 mil seguidores, Evandro começou por acaso na vida de influenciador. "Eu me aproximei de uma mulher para vender um chaveiro, ela achou engraçado e começou a me filmar. Daí o vídeo foi para as redes sociais e viralizou", relembra o jovem. Os vídeos postados por ele já tiveram mais de 13 milhões de visualizações apenas no TikTok.
A ideia do "Vendedor Sincero", no entanto, veio há cerca de seis meses, quando ele percebeu que as vendas não andavam muito boas. Evandro, que é ambulante desde os 16 anos, diz que aprendeu a vender olhando outros vendedores na rua e que, atualmente, vive com a mãe de 53 anos e as vendas o ajudam em casa.
"Eu comecei a falar para o pessoal que o produto era ruim, aí então eles começaram a comprar", diz. Na 'vitrine', estão as balas "ruins da peste" e os chaveiros "feios demais" - estes últimos, inclusive, possuem um propósito ainda maior.
Segundo Evandro, com a venda dos porta-chaves, parte do dinheiro vai para uma pequena comunidade de Nova Iguaçu que apoia pessoas em situação de rua e com dependência química. "Eu sei que tem muita gente na rua que quer mudança de vida e isso dói muito no coração. Com parte do dinheiro, nós compramos cestas básicas, passagens de transporte e o que for preciso", diz.
Apesar do sucesso, Evandro afirma que o principal objetivo do marketing é fazer as pessoas sorrirem. "O mais importante de qualquer mercadoria minha é tirar o sorriso de uma pessoa. O sorriso é o mais gratificante. E saber que o povo está gostando e está comprando me faz querer continuar."
Evandro diz que tem recebido muito carinho dos clientes e fãs na internet e ainda sonha em conseguir criar o próprio projeto para ajudar outras pessoas nas favelas cariocas. Além disso, ele pretende terminar os estudos, paralisados no 6º ano do Ensino Fundamental, e fazer faculdade de marketing.
"As pessoas veem meu vídeo e saem da tristeza - e isso me deixa muito feliz", diz. "Eu quero um dia eu mesmo abrir projetos dentro de favelas para conseguir ajudar ainda mais pessoas."
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