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Promotora afirma que arma disparada em set de 'Rust' era 'verdadeira'

Colaboração para Splash, em São Paulo

27/10/2021 10h25Atualizada em 28/10/2021 13h25

A promotora de Santa Fé, no Novo México, Mary Carmack-Altwies, que está cuidando do caso do disparo acidental que matou a diretora de fotografia Halyna Hutchins, afirmou que a arma era "legítima".

Em entrevista ao "New York Times" ontem, a promotora explicou que a arma disparada por Alec Baldwin foi liberada pelo diretor assistente Dave Halls e, embora tenha sido descrita como cinematográfica, a nomenclatura era "enganosa".

halyna - Mat Hayward/Getty Images for AMC Networks - Mat Hayward/Getty Images for AMC Networks
Cineasta Halyna Hutchins foi morta no set de "Rust"
Imagem: Mat Hayward/Getty Images for AMC Networks

"Era uma arma legítima", explicou Mary, descrevendo o instrumento como uma arma de época. Ela completa dizendo que as autoridades estão analisando para saber qual foi a munição foi usada e que a chance de acusar criminalmente a produção ainda não foi descartada.

"Não descartamos nada. Tudo neste momento, incluindo acusações criminais, está sobre a mesa", finalizou a promotora.

Problemas no set

Serge Svetnoy, eletricista-chefe responsável pelo filme 'Rust', disse que a morte da diretora de fotografia, Halyna Hutchins - atingida por um tiro acidental disparado por Alec Baldwin durante as gravações -, foi resultado de "negligência e falta de profissionalismo".

"A pessoa que deveria verificar a arma no set não fez isso; a pessoa que teve que anunciar que a arma carregada estava no local não o fez; a pessoa que deveria ter verificado esta arma antes de trazê-la para o set não o fez", revelou Svetnoy em uma uma publicação no Facebook, segundo informações do site Deadline.

A diretora foi atingida no peito e chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu. Além dela, o diretor do longa, Joel Souza, de 48 anos, também foi baleado, mas já teve alta do hospital.

Serge relatou que estava ao lado de Halyna durante o acidente. "Estava ombro a ombro. Eu a segurei nos meus braços enquanto ela estava morrendo. O seu sangue estava em minhas mãos", comentou.

Para finalizar, Svetnoy mencionou que, às vezes, são feitas 'economias' para ficar dentro do orçamento e que isso pode tomar proporções inimagináveis.

"Para economizar alguns centavos, vocês contrataram pessoas que não são totalmente qualificadas para fazer trabalhos perigosos e complicados. Vocês colocam em risco a vida de outras pessoas. Eu entendo a luta pelo orçamento, mas isso não pode acontecer. É verdade que alguns profissionais podem custar um pouco mais e podem ser mais exigentes, mas vale a pena. Nenhum trocado economizado vale a vida de alguém!", completou.