Com 'Venom' e 'Morbius', Sony abre Universo Homem-Aranha nos cinemas
Sucesso de bilheteria nos Estados Unidos e no Brasil, "Venom: Tempo de Carnificina" não apenas trouxe o bromance de Eddie Brock (Tom Hardy) e seu simbionte, Venom, para o centro da trama, assumindo o tom de comédia com traços de romance, mas também está mostrando que há vida nos cinemas além do MCU (Universo Cinematográfico Marvel). E isso, para a Sony, é uma ótima notícia.
O filme dirigido por Andy Serkis, claro, conta a história de um personagem dos quadrinhos da Marvel. Mas, por questões contratuais, os direitos de levá-lo ao cinema pertencem à Sony Pictures, e não à Disney, que é dona da Marvel Studios. Por isso, nada de Venom interagindo com Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch). Mas por que não com o Peter Parker vivido por Tom Holland?
Diferentemente do que acontece com os filmes do fracassado jornalista Eddie Brock, os projetos do Teioso (isto é, "Homem-Aranha: De Volta ao Lar", "Longe de Casa" e o ainda inédito "Sem Volta para Casa") podem, sim, trazer interações com os personagens do Universo Marvel, graças a um acordo feito entre a Sony e a Marvel antes de Holland assumir o uniforme do cativante herói.
Este mesmo acordo foi o estopim de uma crise em 2019, quando a Sony e a Marvel se desentenderam temporariamente, dando a entender que o Homem-Aranha não faria mais parte do Universo Cinematográfico dos Vingadores. Quando as duas partes selaram novamente a paz, um novo acordo foi assinado, para o lançamento do terceiro filme da saga (marcado para 16 de dezembro deste ano) e mais um, ainda não divulgado.
Ou seja: oficialmente, o Peter Parker só interage com o restante da "alta cúpula" da Marvel em mais dois filmes.
Paralelamente, a Sony vai construindo seu próprio universo ampliado, com os personagens ligados ao Homem-Aranha aos quais tem direito. Foi assim que surgiu "Venom" (2018), e a boa resposta comercial para a sequência, já nos cinemas brasileiros, indica que um terceiro filme não é uma possibilidade distante.
Além do Simbionte
Os investimentos, no entanto, não ficam apenas em "Venom". Ao longo dos anos, a Sony anunciou quase uma dezena de projetos derivados do Homem-Aranha, mas nem todos chegaram às fases finais de produção.
Por enquanto, a próxima aventura com data marcada para chegar aos cinemas, após "Sem Volta para Casa", é "Morbius", em janeiro de 2022. Estrelado por Jared Leto ("Esquadrão Suicida", "Clube de Compras Dallas"), o longa vai contar a história do bioquímico Michael Morbius, que tenta encontrar a cura para uma rara doença de sangue, mas acaba se contaminando com uma forma de vampirismo.
Depois dele, quem vem por aí é "Kraven, o Caçador", que será vivido por ninguém menos que Aaron Taylor-Johnson, o Mercúrio de "Vingadores: Era de Ultron", em um filme com estreia prevista para 2023. Nos quadrinhos, Kraven é Sergei Kravinoff, um imigrante russo em uma missão para provar que é o maior caçador do mundo. O longa terá o diretor J.C. Chandor, de "O Ano Mais Violento" (2014)
Além desses, há outros projetos em diferentes fases. Um deles é um filme dirigido por Olivia Wilde, de "Fora de Série", que especula-se ser centrado na personagem Jessica Drew, a Mulher-Aranha. Outro é uma possível série sobre as personagens Sabre de Prata e Gata Negra, após um filme ter ficado alguns anos em desenvolvimento, sem sucesso.
Por fim, a personagem Madame Teia também pode receber um filme-solo, com S.J. Clarkson, de "Jessica Jones", contratada para assumir a direção. E o prolífico produtor Roberto Orci, roterista de "O Espetacular Homem-Aranha 2" (2014), também está envolvido em um projeto misterioso.
Ufa! Quanta coisa, hein?
E como fica o Amigão da Vizinhança?
O que todos esses personagens têm em comum é o fato de interagirem com Peter Parker, e girarem em torno de seu universo de vilões nos quadrinhos. No entanto, por causa do acordo da Sony com a Marvel Studios, o herói vivido por Tom Holland não pode interagir com esses outros personagens. Não enquanto estiver no MCU, pelo menos.
Por isso, o que a Sony faz é investir em seu próprio universo compartilhado. Com ou sem o Cabeça-de-Teia, a popularidade do "Simbionte camarada" dá evidências de que o projeto tem futuro.
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