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Tom Hardy volta no novo 'Venom': 'Assinei um contrato, não tinha escolha'
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O jogo de Hollywood funciona mais ou menos assim. Ao conceder entrevistas falando sobre um lançamento, os astros colocam o chapéu de vendedor e capricham na hora de dourar a pílula. Mesmo quando o filme não é lá essas coisas, cada um faz seu papel.
Menos Tom Hardy.
Em "Venom - Tempo de Carnificina", ele crava sua primeira continuação, reprisando o papel de Eddie Brock, repórter que torna-se hospedeiro de um simbionte alienígena com apetite para devorar cabeças.
Embora o filme, baseado no personagem criado nas histórias em quadrinhos do Homem-Aranha, tenha faturado quase U$ 900 milhões em 2018, a resposta da crítica e dos fãs foi desastrosa, talvez a pior da carreira de Hardy.
A gente imagina, então, que retornar para uma continuação seja uma questão artística, para observar o que não funcionou da primeira vez e tentar corrigir o curso em uma segunda tentativa. Certo? Bom, errado.
"Eu assinei para fazer três filmes, então por contrato eu tive de voltar", dispara, segurando a risada no arroubo de sinceridade. "Essa é a verdade!" Hardy respira e pondera sobre a recepção ao primeiro filme: "Tudo dependia do sucesso, e ele será julgado".
"Algumas pessoas, os críticos não gostaram, e tudo bem. Já o público gostou, o que foi incrível", continua. "Então decidimos ver o que funcionou, por que essas coisas funcionaram, o que deu errado e como fazer melhor. Porque o segundo filme ia acontecer de todo jeito!"
Hardy decidiu, então, resolver o problema com as próprias mãos. Ao lado da roteirista Kelly Marcel o ator sugeriu uma nova história ao estúdio, uma que envolvesse o personagem Cletus Kasady. "Eles toparam, então eu me vi como parte desse processo", explica, justificando seu crédito como autor da história. "Estava mais envolvido, então o processo foi resolver problemas e buscar soluções."
O projeto, entretanto, ainda precisava de um diretor. Ruben Fleischer, responsável pelo primeiro "Venom", estava com a agenda tomada por "Zumbilândia: Atire Duas Vezes" e com a pré-produção da adaptação do videogame "Uncharted". O ator Andy Serkis, que aos poucos flertava com mais trabalho atrás das câmeras, foi escolhido.
"Eu queria desenvolver Eddie e Venom como um casal simbiótico de verdade", diverte-se o diretor. "Com todas as falhas e as glórias de um relacionamento complexo." Esse relacionamento é abalado com a chegada de Carnificina, um simbionte com instinto assassino interpretado por Woody Harrelson.
"O primeiro filme tinha um lado mais sombrio", continua Serkis. "A cor do Carnificina, um vermelho extremamente saturado, e a infusão de energia que ele trouxe me permitiu uma mudança visual e de tom, com tudo mais colorido e bem-humorado. Tem um clima de filme B com energia de comédias de ação dos anos 1980 como 'Um Tira da Pesada'."
"Venom: Tempo de Carnificina", embora protagonizado por personagens da Marvel, não faz parte do universo cinematográfico do estúdio - pelo menos não por enquanto. "A gente adoraria fazer parte da festa", brinca Hardy. "Ou pelo menos ser convidados para essa festa."
Hardy mede cuidadosamente as palavras quando fala sobre o escopo maior da Marvel no cinema, e de como sua versão de Venom ainda não pode brincar no mesmo playground. Mesmo que exista uma sugestão no novo filme que essas barreiras possam ser quebradas.
"Imagine todos os personagens da Marvel, tanta gente diferente, e todos literalmente se tornando Venom", provoca. "Eu sei, e você sabe, que tem pessoas que poderiam tornar isso realidade. Acho que muita gente quer que isso aconteça. Então a gente segura o fôlego e espera."
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