O que define um bom vinho? Conheça alguns conselhos de experts no assunto
Chegar à conclusão de que um vinho é bom ou vale a escolha por seu custo-benefício depende de muitas variáveis e preferências individuais, mas essa avaliação pode ficar mais fácil seguindo algumas dicas.
Três experts no assunto contam o que é importante para definir a qualidade da bebida, que muda de acordo com a fabricação e também com o jeito de consumir.
Prazer e terroir
Para a enóloga Gabriela Bigarelli, "o bom vinho é aquele de que você mais gosta, ao qual seu paladar mais se adapta e agrada suas percepções". Ela também considera que "por trás de toda garrafa existe uma história e uma vida engarrafada", que fazem parte do que você vai beber.
Além das sensações que o vinho consegue produzir na boca e no paladar, especialistas nesse tipo de bebida levam em conta a qualidade dos recursos naturais presentes na região produtora, como o solo e o clima, os tipos de uvas cultivados e as técnicas de vinificação e amadurecimento utilizadas pela vinícola.
"Defino como bom vinho aquele elaborado de acordo com as normas definidas pela legislação da região produtora, o que reflete fielmente às singularidades do seu terroir [características geográficas e regionais do local de produção]", afirma Paulo Barão, sommelier e professor dos cursos da Chef Gourmet Santo Amaro, em São Paulo.
A hora certa de abrir
A garrafa que você escolher pode ter os atributos citados por Bigarelli e Barão, mas ainda será necessário definir em que momento ela deve ser aberta, para que seja aproveitada da melhor maneira. "Os vinhos envelhecem de formas diferentes, isto é, há opções para serem tomadas em curto, médio e longo prazo", explica Massimo Leoncini, gerente-executivo e sommelier do Grupo St. Marche.
"Às vezes, abrimos um vinho em sua juventude e só aproveitamos uma parte do que ele pode proporcionar. Por isso, é importante entender esse processo para degustar rótulos enquanto apresentam seu maior potencial", ele recomenda.
Merece cuidado a temperatura da bebida na hora de servir: se estiver acima do recomendado, pode evidenciar o álcool; se estiver abaixo, vai ofuscar aromas e sabores. "No caso dos tintos, quando estão muito gelados, os taninos podem causar amargor e deixar o vinho desagradável", completa Leoncini.
Combinar bem faz diferença
Considerado um item complementar em uma refeição, o vinho deve estar em harmonia com os alimentos para oferecer boas experiências. "Isso torna o ato de comer e beber mais prazeroso. O segredo é evitar que o vinho não se sobreponha ao prato e vice-versa", diz o sommelier Paulo Barão. "Para isso, buscamos equalizar o peso do prato e a sua intensidade de sabor com as características do vinho a ser utilizado".
A seguir, você acompanha algumas sugestões de harmonização, com indicações dos especialistas consultados.
ATENÇÃO: A venda e o consumo de bebidas alcoólicas são proibidos para menores de 18 anos. Beba com moderação. Se for dirigir, não beba.
Tintos médios a encorpados
Esses tipos de vinhos podem acompanhar massas e risotos com queijos, além de carnes gordurosas. Com molhos mais cremosos e não condimentados, prefira um tinto com teor alcoólico na faixa de 13,5%.
"Uma dica é minimizar o uso de sal no prato para evitar conflitos", afirma Barão.
"Para massas servidas com molho de tomate mais encorpado, como bolonhesa ou putanesca, escolha um vinho português", indica Leoncini.
Malbec Fuzion - Zuccardi
Preço: R$ 87,30*
De coloração rubi com reflexos violáceos, este vinho argentino é originário da região de Mendoza e apresenta em sua composição amoras de morangos, ameixas e cravo. É apresentado como um vinho de corpo médio, com taninos presentes, boa acidez e final equilibrado. Garrafa de 750 ml.
Merlot Reserva - Miolo
Preço: R$ 64,89*
É elaborado com uvas Merlot cultivadas em vinhedos próprios, localizados na região da Campanha Meridional, no Rio Grande do Sul. A bebida possui cor rubi profundo, é de corpo médio e paladar aveludado. Foi o primeiro vinho engarrafado pela Vinícola Miolo, em 1990. Garrafa de 750 ml.
Cabernet Sauvignon - Luigi Bosca
Preço: R$ 179,90*
Este vinho argentino, da região de Mendoza, tem aromas de especiarias e frutas como cassis e amoras, que combinam com notas florais integradas com seu envelhecimento em barricas de carvalho e especiarias como pimenta verde. Sabor encorpado, com taninos maduros e caráter sóbrio. Garrafa de 750 ml.
Shiraz Long Row - Angove
Preço: R$ 98,99*
Vinho australiano, tem sabor encorpado, com taninos maduros e de boa estrutura. Seu final de boca é agradável, longo e frutado. Traz aroma defumado e de frutas pretas maduras, como amoras e ameixas, e notas de especiarias, como pimenta preta. Garrafa com 750 ml. (Esse tipo de uva também é encontrado como Syrah).
Tintos leves
Nessa categoria, os vinhos acompanham bem frutos do mar, carnes brancas e vermelhas magras. Por terem pouca intensidade aromática, contrastam bem com um toque a mais de condimentação e sal na comida.
Pinot Noir Reserva orgânico - Emiliana Adobe
Preço: de R$ 95,99 por R$ 75,71* (desconto de 21%)
Vinho orgânico de origem chilena, tem aromas que lembram notas de frutas vermelhas maduras, toques de canela e rosas. É de corpo leve, com taninos finos e elegantes. A temperatura ideal para o consumo desse produto deve estar entre 15°C e 17°C, acima do que se alcança geralmente no interior da geladeira. Garrafa de 750 ml.
Brancos
Vinhos brancos podem acompanhar comidas leves, frutos do mar, saladas, queijos e moqueca de peixe. Recomenda-se os ligeiramente frutados e untuosos, característica decorrente da passagem da bebida por barricas. Os mais jovens são ácidos e vão bem com peixes grelhados, costelas de porco e carpaccio.
Chardonnay Dádivas - Lidio Carraro
Preço: R$ 99,90*
Vinho produzido pela vinícola Lidio Carraro, tem origem em Encruzilhada do Sul (RS). Possui notas intensas de fruta tropical, como abacaxi, melão, pera, damasco e maracujá, e flores silvestres, como margarida e acácia, que oferecem equilíbrio e frescor ao paladar. Garrafa com 750 ml.
Rosés
Os rosés, chamados assim por conta da aparência rosada do vinho, podem acompanhar massas leves, frutos do mar, peixes, carnes brancas e queijo tipo brie.
Pinot Noir Rosé Gran Reserva - Casas del Bosque
Preço: R$ 216,59*
Produzido na região de Casablanca, no Chile, esse vinho tem cor rosa cereja com reflexos acobreados, é intensamente frutado, com notas de framboesa e groselha. Morango maduro, cedro e rosas complementam seu perfil aromático. Sabor fresco.
A constante presença dos ventos frios que nascem no oceano Pacífico alteram todos os elementos que compõem o terroir de Casablanca, segundo o fabricante. Por isso, o vinho apresenta elegância, sutileza e complexidade, culminando em uma bebida rica e intensa.
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* Os preços e a lista foram checados no dia 23 de junho de 2022 para atualizar esta matéria. Pode ser que eles variem com o tempo.
O UOL pode receber uma parcela das vendas pelos links recomendados neste conteúdo. Preços e ofertas da loja não influenciam os critérios de escolha editorial.
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