Amor e ódio. Morte de Fidel gera discórdia entre lendas do vôlei brasileiro
A morte de Fidel Castro gerou uma discórdia entre Ana Moser e Ana Paula, companheiras de seleção brasileira na década de 1990 e duas das principais jogadoras do võlei nacional na história.
As ex-atletas, bastante ativas nas redes sociais, contaram diversas versões sobre o ditador. A principal foi em relação à premiação recebida pelas cubanas após participações em torneios internacionais.
Ana Paula alegou que as atletas eram obrigadas a dar todo o dinheiro para Fidel. "Aqui lembrando as barbaridades que as cubanas nos contavam sobre Fidel. Uma delas? Ele ficava com 100% da premiação delas de todos os torneios", escreveu,
Em seguida, Ana Moser postou em seu twitter o link para o documentário "Pátria" na qual a cubana Regla Torres conta que o dinheiro não ia para as mãos de Fidel, mas sim para ajudar seleções cubanas de outros esportes que não recebiam premiação a viajarem e pagarem hospedagem.
Ana Paula, porém, não aceitou a versão. "Ler que atletas gostavam de Fidel é balela. As cubanas nos contavam que tinham que falar bem dele, Não havia escolha. Temiam por suas famílias", disse.
E foi além: "Quantas vezes não levamos as cubanas para comprar pasta de dente, sabonete, shampoo, aspirina...e elas ainda tinham que esconder tudo para entrar em Cuba". "Ouvi de um bicampeã olímpica cubana com muitos títulos mundiais: 'Trocaria toda minha glória esportiva por uma chance de viver feliz longe de Cuba"'.
Já Ana Moser defendeu o que Fidel Castro fez pelo esporte cubano e colocou o ex-presidente cubano como um dos responsáveis pelo seu sucesso do vôlei. "Parte do que sou devo ao voleibol cubano. Fruto de uma revolução iniciada por Fidel. Que elevou o potencial do povo cubano também no esporte", escreveu.
Ana Paula, contrária à idelogia de Fidel ainda ironizou a sua morte.
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