Australianos festejam classificação para oitavas da Copa e pedem feriado
Os torcedores australianos estão em êxtase, e aproveitaram a improvável classificação para as oitavas de final da Copa do Mundo —após vitória por 1 a 0 sobre a Dinamarca, ontem (30) — para fazer um pedido ao governo do país: que seja decretado um feriado nacional
Milhares de torcedores se reuniram na Fed Square de Melbourne no meio da noite para assistir à vitória da Austrália por 1 a 0 sobre a Dinamarca. Com a classificação épica, eles ficaram dançando sob a luz esfumaçada dos sinalizadores enquanto a equipe agora se prepara para um confronto de oitavas de final contra a Argentina.
A equipe do técnico Graham Arnold igualou a performance australiana de 2006, quando o país também chegou às oitavas de final na Alemanha, mas desta vez com uma equipe sem as qualificações dos jogadores de 16 anos atrás, que ficaram conhecidos como a "geração de ouro" da Austrália.
"Conte a seus filhos. Conte a seus entes queridos. Conte a seus amigos. Sussurre, grite, berre, coloque em uma camiseta e vista-a na cama. O trabalho duro leva você a lugares", escreveu o especialista em futebol australiano Adam Peacock no site do jornal Herald Sun.
Os sauditas aproveitaram um feriado nacional para comemorar a vitória contra a Argentina na semana passada, e os australianos querem o mesmo. Uma foto de um australiano segurando uma placa dizendo "Dê-nos um feriado público" foi amplamente compartilhada nas redes sociais.
"Preciso pedir novamente a [primeiro-ministro] Anthony Albanese para dar ao povo um dia de folga para comemorar?", disse Arnold.
O primeiro-ministro australiano parabenizou a equipe, mas deixou a questão do feriado sem resposta.
Os australianos ousam sonhar com uma primeira partida nas quartas de final da Copa do Mundo, mesmo com a força de Lionel Messi e da Argentina no caminho.
"Para ser justo, Austrália e Argentina ganharam a mesma quantidade de Copas do Mundo da Fifa desde 1987", brincou o jornalista local Ned Balme no Twitter. "Eles estão claramente com medo de nós", completou.
(Reportagem de Ian Ransom em Melbourne)
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