Polônia e República Tcheca oferecem asilo à bielorrussa que seguiu em Tóquio
A atleta participaria nesta segunda-feira da prova dos 200m rasos do atletismo, mas foi forçada por dirigentes do Comitê Olímpico de Belarus a deixar os Jogos Olímpicos devido a publicação de mensagens em que criticava os próprios técnicos.
No aeroporto de Haneda, em Tóquio, ao que foi levada, com o objetivo de tomar um voo de volta ao país de origem, a velocista pediu proteção a policiais japoneses, segundo explicou em declarações à emissora de televisão "NHK".
Tsimanouskaya garantiu que tinha sido forçada a participar dos 200m, prova que não disputaria. Quando postou no Instagram sobre sua insatisfação com a situação, o comitê de Belarus decidiu enviá-la de volta ao país, ação que a atleta classificou como tentativa de "sequestro".
O Comitê Olímpico da antiga república soviética, presidido por Viktor Lukashenko, filho do presidente bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, garantiu em comunicado que a velocista teve que suspender a participação nos Jogos por decisão dos médicos, devido ao "estado emocional e psicológico" que apresentava.
Por sua vez, Tsimanouskaya negou a versão, que afirmou se tratar de uma "mentira".
O governo da Polônia foi o primeiro a se manifestar sobre o caso, com mensagem publicada pelo vice-ministro de Relações Exteriores do país, Marcin Przydacz, que revelou no Twitter a oferta de um visto humanitário para que a bielorrussa "seja livre para seguir a carreira esportiva".
O integrante do governo polonês utilizou a mesma rede social para confirmar que Tsimanouskaya, ainda no Japão, já havia recebido o documento, podendo viajar para o território polonês quando desejasse.
Horas depois da mensagem de Przydacz, foi a vez do ministro de Relações Exteriores da República Tcheca, Jakub Kulhanek, se manifestar, com anúncio de que a velocista seria amparada pelo governo que integra.
"A situação em torno da velocista Krystsina Tsimanouskaya é escandalosa", classificou o chanceler, que revelou também ter sido oferecido um visto para a atleta, que, assim, receberia "proteção internacional".
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