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Semenya lamenta derrota no CAS, mas promete luta: "Não me deterá"

Caster Semenya, da África do Sul, antes dos 800m rasos no Mundial de Londres - David Ramos/Getty Images
Caster Semenya, da África do Sul, antes dos 800m rasos no Mundial de Londres Imagem: David Ramos/Getty Images

01/05/2019 14h01

A corredora sul-africana Caster Semenya afirmou hoje (01) que a derrota em disputa na Corte Arbitral do Esporte com a Federação Internacional de Atletismo (IAAF), com a imposição de normas mais rígidas para redução do nível de testosteronas em mulheres, não mudará sua postura como atleta.

"A decisão da CAS não me deterá. Mais uma vez, me levantarei e seguirei inspirando mulheres jovens, atletas da África do Sul e do mundo todo", garantiu a bicampeã olímpica da prova dos 800 metros, por meio de comunicado.

Hoje, a Corte Arbitral do Esporte rejeitou recurso de Semenya, contra as mudanças nas normas da IAAF para portadoras de hiperandrogenismo. Haverá impedimento para as atletas que não manterem os níveis de testosterona abaixo de 5 nanomols por litro de sangue durante, pelo menos, seis meses antes de competir.

Até o momento, a tolerância é de 10 nanomols, e a redução pela metade, segundo estudos da Federação Internacional de Atletismo, é justificada pelo aumento de 4,4% na massa muscular, entre 12% e 26% da força e 7,8% da hemoglobina das atletas em questão.

"Sou consciente de que as regulações da IAAF sempre foram dirigidas, de forma específica, contra mim. Durante uma década, a IAAF tentou me parar, mas isso, na realidade, me fortaleceu", garantiu a sul-africana.

Um painel formado por três juízes admitiu hoje, em Lausanne, na Suíça, que as medidas são "discriminatórias", mas, que são necessárias para preservar a integridade do atletismo feminino.

A Federação Internacional de Atletismo, por sua vez, comemorou a decisão da CAS e apontou que as novas medidas entrarão em vigor já na próxima quarta-feira.